quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um diálogo bem molhadinho


Mal saí do trabalho e ela com a cara fechada já me ameaçava:
-Se você não andar logo vou molhar tudo.
-Espera que eu já estou indo.
Pra justificar a permissão do atraso da minha matrícula na academia decidi ir andando. Mas ela não entendeu minha necessidade física.
-Vou fazer meu serviço aqui mesmo. Já estou pingando!
-Tenha calma, só mais um pouco e já chega.
Percebi que ela estava mesmo era fazendo pirraça, sabia que eu não teria como explicar as roupas molhadas em caso de uma gripe futura. Corri com ela pra ver se ganhávamos tempo e já na esquina de casa senti molhar tudo, apertei mais o passo e a coisa começou a jorrar. Entrei pelo portão de casa aliviada por finalmente chegar e gritei pra chuva
-CHOVE, CHOVE À VONTADE AGORA, SUA FOLGADA!
E a filha da mãe nem pra se dignar a me obedecer, simplesmente cessou-se a precipitação!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O velho e a faca


Há uns dias atrás sofri uma tentativa de assalto e atesto que reagir só aumenta o perigo de atentarem contra sua vida.
Estava andando pelas ruas notoriamente desertas, e como era dia não me importei em continuar meu caminho. Por total descuido deixei que uma nota de dez reais escapasse das minhas mãos no mesmo instante em que me deparei com um velho esquisito e mal encarado, que me observava por sinal. Senti uma adrenalina louca me subir à cabeça e uma certeza absoluta de que algo de mal iria me acontecer em virtude desse velho. Tomei impulso para correr, mas não tive tempo o velho avançou mais rápido em minha direção com uma faca nas mãos, parei com a ponta desta já no meu estômago. Mais um passo e eu sabia que ele me esfaquearia sem dó ali na rua. Pedi clemência enquanto ele me exigia dinheiro, interpelei-o dizendo que a única grana que eu tinha caíra no chão pouco antes e que poderia lhe mostrar onde fora. Minha sugestão pareceu agradar o velho, tanto ao ponto de distraí-lo por breves instantes, foi quando eu consegui me desvencilhar da faca apontada para meu estômago. Mas a alegria durou pouco o velho conseguiu me alcançar pelo outro lado com a faca ainda em punho acertando o lado direito do meu estômago, pela primeira vez durante todo esse episódio senti meu coração acelerar, pulsando como uma bomba prestes à saltar pela boca. Levei uma das mãos ao ponto tocado pela faca e a outra na boca, acordei pensando que eu não poderia morrer agora que estou vivendo um momento tão feliz.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

E aí já escolheram?


Fico lendo estas notícias políticas e ao vez de me decidir só consigo ficar mais apavorada. As eleições são no próximo fim de semana e eu ainda nem tenho meus candidatos. Longe de ser uma cidadã politicamente engajada não sou muito do tipo que vota em qualquer um, porém nesta eleição sinto-me como se houvessem apenas "qualquer um" para votar.
Pastores, cantores, humoristas nada contra tais origens, talvez eu os subjugue, mas o que me vêm à cabeça é se eles darão conta de conciliar as duas coisas. Fico imaginando o trabalho de um politico, quando realizado, exige tempo, concentração, discernimento é uma profissão e não um bico. Penso naqueles que restam, muitos eu não conheço, outros roubaram ou estão coligados aqueles que já roubaram.
Ora, enfia tudo num saco e joga fora! Quando penso nas eleições passadas, penso isso que joguei meu voto fora. Parece que não importa muito em quem eu vote de um honesto que se eleja outros trocentos desonestos já estarão ocupando cadeiras no senado.
Contudo, já que votar é um direito, obrigatório, acho que fazer um esforço em nome da consciência limpa e votar o mais certo possível não mata ninguém. Quem sabe acontece um milagre e as coisas mudam. Essa semana vou correr e pesquisar os candidatos que se juntarão à Marina Silva, que já é meu voto antes mesmo das campanhas começarem, e aí por mais que a Dilma bata o pé seja o que Deus quiser.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Finalmente nos conhecemos pessoalmente


Há muuuuito tempo atrás uma dihittiana me contatou declarando-se minha conterrânea. O que foi uma surpresa pras duas visto que nossa cidade, coitada, fora dela mesma não é conhecida por muita gente (somos sempre obrigados a listar as cidades vizinhas para que possam situar nossa morada na extensão interiorana de São Paulo).
Dito isto, uma adicionou a outra no msn e consegui já perceber uma garota de garra e com muita luta na bagagem, apesar da pouca idade. E como empresária que é, não deixou de vender seu peixe, com a convicção de quem sabe exatamente o valor do seu trabalho e toda sua simpátia. Marquei de nos encontrarmos um dia no seu salão de beleza. Claro, que esse um dia demorou meses, porque eu sou meio enrolada (não foi à toa que ela me confundiu com outra Michele no telefone), porém sempre cumpro com minha palavra.
No dia marcado eu tinha mil e uma coisas pra fazer, coisas que eu tinha intenção de já ter terminado no dia anterior. E anda pra cima, pra baixo, e compra, e troca, anda mais um pouquinho, paro pra me dar o sorvete que eu havia me prometido há uma semana. Quando olho no relógio a supresa não me surpreende, eu já estava atrasada. Desci as ruas do bairro praticamente correndo, comi sorvete com cabelo porque ele voava pra todo lado com o vendaval que acontecia.
Cheguei no Salão da Juliana Ramires com os cabelos do Valderrama! Por mais que você tenha visto fotos, cara a cara é sempre diferente, porque se somam além da aparência física o tom da voz, a entonação predominante no jeito da pessoa falar e o que torna a conversa agradável é sem dúvida a confirmação da personalidade que você costumava apenas ler o lindos olhos azuis dessa garota, te hipnotizam! O salão que segundo ela era uma funilaria, eu acho, exibia uma transformação notável: espaço limpo, arejado e bonito. Pelo histórico que a Juliana relatava (a mudança e reforma do salão que ela mesma, ora e outra, meteu a mão na massa) e imagino que em cima disso tenha ainda muitos projetos, é um salão com tudo pra se tornar muito chic, famoso e bom.
A Juliana havia garantido, em várias conversas anteriores, que a escova era a especialidade dela, prosseguimos com a agenda previamente estabelecida que incluia hidratação e escova. A disposição e qualidade que exalavam dos produtos que ela usava transmitiam uma sensação de conforto e prazer. Paguei pra ver e vi, quer dizer eu paguei depois, mas quase sem acreditar que aquilo ela chamava de bom. Não era nada bom, nem chegava a ser ótimo, era excelente! Tirando a marca de óculos bronzeada da cara e a roupa esporte demais eu estava linda! Irreconhecivel!
E com tudo isso eu muito burra nem lembrei de tirar uma foto do encontro com a Ju, saí voada do salão porque já estava atrasada pro meu próximo compromisso. Só posso encerrar o post dizendo que palavra dada é ação concretizada disse que a conheceria e conheci, ela confirmou-me sua eficiência quanto aos seus dotes de embelezamento. Uma cliente e promoter do salão ela ganhou, quem sabe também uma nova amiga!

*Na próxima registramos com foto.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O humor e a comida

Antes fosse aí, eu pareceria tão idiota, agora. Pq eu postei isso mesmo?

Eu já ouvi muita gente dizendo que quando fica ansiosa(o), nervosa(o), preocupada(o) ou come demais ou não come nada. Eu achava que não sofria desses temperamentos, mas acabei de descobrir que este mal é de todos.
Louca de saudade, sem ter muito pra onde correr o jeito foi comer. A saciedade não encontra lugar e na tentativa de substituir o prazer acabo inventando. Já criei tudo que é tipo de comida e comi todas, claro, mas a mais recente superou todas as outras: salame com chocolate! Estranho, porém bem gostoso! (?)
Acho que quando nosso humor está desequilibrado os nossos sentidos perdem um pouco da consciência. O que nos aflige nos consome a ponto de não correspondermos corretamente às nossas reais necessidades. Trocamos B por A em excesso ou abstinência e por um segundo tudo parece bem até lembrarmos a realidade em que nos perdemos.
É sempre válido destacar a importância do bem estar pessoal que sai de si para si mesmo, pois este é o verdadeiro ponto de equilibrio. A solução não está nas coisas, mas no próprio coração. Mas dar a louca de vez em quando também pode!

Lavagem eleitoral


Levanto cedo e resolvo dar uma caminhada, por os ecercícios em dia. Surpreendi-me com a mudança na paisagem, a cada quarteirão quatro, dez cartazes de propaganda eleitoral do mesmo candidato. Conforme eu andava me sentia numa de sessão de lavagem cerebral, eu nunca estive numa, mas deve ser bem parecido! Aquela mesma imagem se repetindo milhares de vezes, quase furando os olhos... fiquei até meio sonsa! Mas agora eu já sei em quem vou votar: nesses fulanos que não.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Jornalismo do medo


Por mais que saibamos que a televisão é uma fábrica de alienação isso não nos faz imune ao poder que ela tem sobre nossas mentes. Eu sempre dou graças aos céus por terem inventado o cartão de crédito e débito, porque assim evito estar em contato com dinheiro vivo, diminuindo, na minha visão, as chances de ser roubada. Mas hoje eu precisava ir ao banco retirar dinheiro no caixa eletrônico, porque é sempre bom estar com algum já que nem todo lugar é tão moderno a ponto de aceitar pagamentos com cartão. Parei diante do banco, avistando os caixas eletrônicos, e tudo o que eu conseguia ouvir na minha cabeça eram as notícias do jornalismo da record, que mais parecem reprises de seriado, das saidinhas de banco. Já me imaginei sendo assaltada e perdendo a grana, entregando senha de cartão e o escambal! Eu sempre evito tirar dinheiro, mas só hoje me dei conta de onde se origina meu receio.
Não sei se é meu jeito torto de enxergar as coisas, mas quando eu assisto essas notícias fico com a impressão de que em estou em Sodoma e Gomorra, que o apocalipse chegou e o inferno é aqui. Me sinto cercada pela violência por todos os lados. A esperança no ser humano se findou! Se soassem como um alerta ainda vai lá, mas eles se utilizam tanto do supersensacionalismo que parece que tudo bem que troquemos as ruas por por presídios, chamados de lares. Tudo bem que o mundo não é nenhum mar de rosas, porém é desnecessária essa cultura do medo que insistem em nos pregar.
Contudo notícias assim não é mérito exclusivo da rede record as outras redes de tv também retem mais tempo numa notícia sobre violência, ou pior numa meramente informativa sem nenhum significado pra nossa vida, do que com uma notícia de conteúdo crítico. Nesse padrão entreter, noticiar se tornou sinônimo de abestalhar, amedrontar.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Talvez não faça sentido


Na falta de outros procedimentos mais adequados, nada melhor que um banho pra relaxar... Lavei o rosto com sabonete e sem querer acabei degustando o dito cujo. Sim, eu comi sabonete e quer saber, achei gostoso!

E eu tenho essa mania de andar no escuro dentro de casa, hoje eu vi um bichão sentado no sofá da minha sala. Eu vi mesmo, mas acendi a luz e não tinha ninguém, nem alma penada. Meu coração se apavorou pra nada.

Sem crédito, bônus, lenço ou documento, meu celular só espera... bateria fraca. Tá, ele não faz mais nada! Recarrego crédito e bateria, saldo ok e essas mensagens de promoção que eu não entendo. Cadê a coerência, a coesão? É golpe pra não justificar porque meus créditos somem de repente.

O dia hoje não me fez muito sentido e talvez as partes desse texto não tenham relação uma com a outra. Ora, a vida não é pra fazer sentido, então que as palavras sobre elas sejam mais vividas que esclarecidas.

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