sábado, 29 de janeiro de 2011

O garoto que sabe como se fazem os bebês

No pianinho, disfarçando sua chegada ele (neto da minha vizinha) foi se assentando do meu lado no portão de casa. Começou a contar inúmeras histórias de um jeito que somente crianças de quatro anos sabem. Me obrigou a escolher sabores de sorvete e a dizer quantas laranjas eu comprei sem ter adquirido nenhuma dessas coisas. Pois bem, assunto vai, assunto vem, aliás não sei de onde vem tanto assunto, me questionou se eu tinha bebê. Respondi que não e prontamente ele me desmentiu alegando que eu já havia beijado e que portanto eu certamente teria um bebê, pois é assim que se fazem os bebês. O confrontei com uma hipótese, se eu o beijasse teríamos um bebê? Logo ele respondeu que não, pois sua mãe o beijava e nunca houve bebê. Quando finalmente achei que ele tinha entendido, que beijos não dão origem a crianças ele finalizou dizendo 'mas é com beijo que nasce bebê'. Está bem, eu desisto, é com beijo então!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Fui perseguida!


Caminhando e cantando e seguindo o caminho da malhação. Ele me olhou de cima à baixo daquele jeito, já fiquei esperta! Ele era lindo, mas todo mundo sabe que não se deve dar trela pra desconhecidos, ainda mais no meio da rua. Sabe se lá que consequências se pode ter com um envolvimento tão obscuro como esse. Fui andando e e percebi logo que estava me perseguindo. Aumentei o ritmo das minhas passadas na tentativa de despistar o tal, em vão. Chegou uma hora que não deu mais tive que colocá-lo contra a parede. Disse à ele que não poderia me seguir daquele jeito, apesar da sujeira disse que o achava lindo, mas levá-lo pra casa seria absurdo! Quando minha mãe viajou eu matei as sambambaias dela o que eu não faria com um cachorro? Certamente não faria nada, coitado! Ele me seguiu mais alguns metros até que encontrou uma dondoca cadelinha, brincou ali, depois desceu atrás de mim. E quando dei por mim ele havia sumido , de certo resolveu voltar pras patas da sua paquera!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Pracisará chover quanto pro povo se mancar?


Eu não ia escrever sobre isso, mas depois de refletir sobre essas tragédias que tem acontecido no país resolvi mudar o foco. Hoje de manhã li uma notícia que me intrigou bastante, Dilma (a presidente que eu não votei, mas foi eleita) reafirmava apoio ao Haiti, quando li a notícia foi tão estranho porque percebi que o assunto já havia sido esquecido se não pelo resto do mundo, por mim. A primeira coisa que pensei foi, "mas esse lugar ainda não foi reconstruído?", quando a mídia se cala em vista de um babado novo muito mais interessante, ou não,  parece causar uma espécie de amnésia na cabeça da gente.
A próxima notícia focava as tragédias da chuva em diversos lugares do país, destaque para a região metropolitana de Campinas e o Rio de Janeiro. O número de mortes assustava, o relato das pessoas atingidas direta ou indiretamente pelas tragédias comovia, ao mesmo tempo que causava indignação. Pessoas ricas e pobres sendo arrastadas pela enxurrada.
Entre as notícias, Dilma (de novo) garantia alguns barões para reconstrução do Rio (parece que a presidente já está mostrando a que veio, vamos ver se fará jus). Depois de tudo isso, lembrei de outras tragédias similares que aconteceram num passado nada distante que eu também já havia me esquecido, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro (de novo) etc....
No Brasil tudo parece bom, é sempre carnaval porque as pessoas esquecem. A corrupção corre solta porque as pessoas esquecem, as pessoas só cobram providências quando a água literalmente bate na bunda. Alckmim já disse com todas as letras que não prometeu nada a respeito e como regularizar a situação só mostrará resultados visiveis após quarenta anos, segundo pesquisas, políticos estão pouco interesados em investir em projetos de reurbananização, canalização, ou seja lá que ramos esse caos das chuvas atinja, que não mostre resultados imediatos visando uma reeleição, ao menos de partido.
Quanto mais teremos que perder até esse povo enxergar? Até quando construir escolas enormes (ou nem sempre) de período integral com plantas e materiais que visam economizar pra roubar mais, taparão os olhos de pais preguiçosos que não gostam de politica, nem de seus filhos, nem si mesmos, mas alienados acham que essa é a boa política? Talvez quando a escola inundar d'agua e seus filhos não puderem mais ir às aulas por falta de espaço físico seco eles se manquem! Mas aí a chuva passa, o rio cede, o cimento seca e o povo esquece. E o prefeito, o governador, não importa, é reeleito. Certa vez li que a escola reproduz a sociedade e infelizmente é verdade, sem estrutura, sem pessoas engajadas (alguns gatos pingados que são logo moralmente assediados), sem leis válidas, sem punição.
Eu realmente não entendo a linha de pensamento do povo brasileiro, menos ainda dos políticos e ainda menos do ser humano, de uma forma geral, que modificou a natureza de uma forma aparentemente irreversível sabe se lá porque razões. E mesmo vendo a natureza recobrar o seu espaço, não tomamos atitudes fortes para conciliar modernidade à natureza. Por quê? O preço original parecia baixo, mas parece que os juros foram escritos com letras tão minúsculas que ignoramos o contrato e assinamos nossa própria morte e um pouco mais acima antes de assentar a lápide, o prazo de validade de curta duração para nossa memória recente!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Gorda otimista


Festa de casamento? Tudo bem, eu tenho roupa pra ir. Foi o que eu imaginei, mas hoje quando fui experimentar meu lindo vestido de festa... só Jesus salva! Está certo também acho que ele tem coisas mais importantes pra fazer, acho que é melhor eu me virar começando a tomar vergonha na cara. Sim, não. O vestido entrou sim, graças ao tecido elástico das costas, porém as costuras que deveriam ficar alinhadas nas laterais estavam na frente. Um horror, perdi minha cinturinha e nem percebi. Sejamos otimista, na verdade meu corpo amadureceu... em forma de baleia. Já não sei mais a diferença entre gostosa e gordurosa, pra mim ambas soam iguais. Regime de emergência ou me livrar do vestido? Um milagre? Talvez as duas coisas, vamos meter o pé nas caminhadas diárias, que foram suspensas devidos aos dias de festa e chuva, matricula na academia e chá de camomila pra acalmar os nervos. Depois vou pro shopping repaginar meu guarda-roupa com alguns números a menos.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ciúmes, porque eu?


Se alguém souber a fórmula mágica contra esse sentimento tão envenenedor, por favor mande-me a receita urgentemente! É absurda a capacidade que as coisas mais ínfimas tem de nos causar essa repulsa. Surge um medo não sei de onde, nem sei extamente de quê, mas fica lá incomodando. E quanto mais eu tento disfarçar, mais me faz mal. Confessar? Só de pensar me sinto ridícula! Ciúme de todos e de tudo, do passado e do presente. Medo de no futuro não ter mais quem amo perto de mim. Racionalmente pensando não há motivos concretos, vigentes...
O mais destestável é me sentir assim tão vulnerável, parece que qualquer coisa pode me atingir e ferir profundamente. Eu não quero sentir mais isso, porque ninguém merece. O amor merece liberdade, ar. Não deve-se possuir amor, mas sê-lo.
Acho que o antídoto é apenas um e já até o mencionei, vou chorar, pagar o maior mico, porém desabafar é preciso, até pra evitar futuras pressões e cenas forçosamente toleradas. Entender é fácil, eu entendo, difícil é aceitar que essa ou aquela situação e/ou pessoa não lhe é uma ameaça. E explicar como me sinto em relação a isso é ainda mais difícil, mas ele precisa saber como me sinto e eu preciso contar pra me sentir melhor. Ou posso ficar sofrendo em silêncio... Acho que não!
E agora que esclareci tudo pra mim mesmo, sei exatamente o que dizer. Como diz uma música aí, "falta muito pouco pra eu olhar nos olhos dele e dizer 'amo você'", e te quero tanto que me vejo egoísta, agora, a ponto de não querer dividí-lo com mais nada e ninguém. Pelo mesmo lado e por outro gosto demais dele e quero vê-lo florescer, crescer além daquilo que se imagina capaz. Prendê-lo poderia sufocá-lo (não tento e nem pretendo) e agora que descobri como é bom voar nos ares desse sentimento-mestre, o amor, quero voar com ele, crescer ao seu lado.

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