quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Pracisará chover quanto pro povo se mancar?


Eu não ia escrever sobre isso, mas depois de refletir sobre essas tragédias que tem acontecido no país resolvi mudar o foco. Hoje de manhã li uma notícia que me intrigou bastante, Dilma (a presidente que eu não votei, mas foi eleita) reafirmava apoio ao Haiti, quando li a notícia foi tão estranho porque percebi que o assunto já havia sido esquecido se não pelo resto do mundo, por mim. A primeira coisa que pensei foi, "mas esse lugar ainda não foi reconstruído?", quando a mídia se cala em vista de um babado novo muito mais interessante, ou não,  parece causar uma espécie de amnésia na cabeça da gente.
A próxima notícia focava as tragédias da chuva em diversos lugares do país, destaque para a região metropolitana de Campinas e o Rio de Janeiro. O número de mortes assustava, o relato das pessoas atingidas direta ou indiretamente pelas tragédias comovia, ao mesmo tempo que causava indignação. Pessoas ricas e pobres sendo arrastadas pela enxurrada.
Entre as notícias, Dilma (de novo) garantia alguns barões para reconstrução do Rio (parece que a presidente já está mostrando a que veio, vamos ver se fará jus). Depois de tudo isso, lembrei de outras tragédias similares que aconteceram num passado nada distante que eu também já havia me esquecido, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro (de novo) etc....
No Brasil tudo parece bom, é sempre carnaval porque as pessoas esquecem. A corrupção corre solta porque as pessoas esquecem, as pessoas só cobram providências quando a água literalmente bate na bunda. Alckmim já disse com todas as letras que não prometeu nada a respeito e como regularizar a situação só mostrará resultados visiveis após quarenta anos, segundo pesquisas, políticos estão pouco interesados em investir em projetos de reurbananização, canalização, ou seja lá que ramos esse caos das chuvas atinja, que não mostre resultados imediatos visando uma reeleição, ao menos de partido.
Quanto mais teremos que perder até esse povo enxergar? Até quando construir escolas enormes (ou nem sempre) de período integral com plantas e materiais que visam economizar pra roubar mais, taparão os olhos de pais preguiçosos que não gostam de politica, nem de seus filhos, nem si mesmos, mas alienados acham que essa é a boa política? Talvez quando a escola inundar d'agua e seus filhos não puderem mais ir às aulas por falta de espaço físico seco eles se manquem! Mas aí a chuva passa, o rio cede, o cimento seca e o povo esquece. E o prefeito, o governador, não importa, é reeleito. Certa vez li que a escola reproduz a sociedade e infelizmente é verdade, sem estrutura, sem pessoas engajadas (alguns gatos pingados que são logo moralmente assediados), sem leis válidas, sem punição.
Eu realmente não entendo a linha de pensamento do povo brasileiro, menos ainda dos políticos e ainda menos do ser humano, de uma forma geral, que modificou a natureza de uma forma aparentemente irreversível sabe se lá porque razões. E mesmo vendo a natureza recobrar o seu espaço, não tomamos atitudes fortes para conciliar modernidade à natureza. Por quê? O preço original parecia baixo, mas parece que os juros foram escritos com letras tão minúsculas que ignoramos o contrato e assinamos nossa própria morte e um pouco mais acima antes de assentar a lápide, o prazo de validade de curta duração para nossa memória recente!

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