terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Teus olhos abrem pra mim todos os encantos

 

Download atrás de download à procura da batida perfeita! Nenhuma das músicas que eu encontrava fazia sentido, não combinava com o presente momento. Eu precisava de algo que dissesse por mim em letra, melodia e voz. As canções anotadas em outras ocasiões já estavam atrasadas. Lembrei-me de uma que outro dia ouvi, mas não tive tempo ou não me preocupei em anotar pra procurar depois em alguma mídia da internet. Pelo menos eu sabia quem cantava, já era alguma coisa, poderia ter a certeza de que não passaria anos tentando achar a bendita música sem nunca encontrar como já aconteceu outras vezes.
Liguei o piloto automático e minha mente viajou pra outro lugar. Os sonhos não são mais sonhos, aconteciam. Coisa de gente apaixonada, você fica relembrando tudo o que aconteceu, planejando outras tantas, o tempo voa e você voa junto com ele. O chato não é tão chato, porque eu não o vivo plenamente. Dou intensidade apenas as coisas que me acrescentam. E o amor me acrescenta, e muito!
Cresci tanto cultivando meu amor-próprio, aprendendo a fazê-lo, porque por mais que você se ame parece que sempre tem que se fazer lembrar que merecemos o melhor. Se amar é muito importante, nos torna interessante aos olhos de outros. Ou de alguém em especial. E como é bom ser especial, ter alguém especial que você gosta e que gosta de você, porém isso é uma consequência.
Quando dei por mim estava fazendo declarações de amor ao vento, como se eu soubesse que tais declarações seriam sussurradas nos ouvidos do meu amor. Minha vida mudou tanto, porque eu decidi mudar de atitude. Em decorrência tantas coisas boas aconteceram, me ver apaixonada e feliz é mais do que um presente, mais do que um sonho. Não diria que é milagre, mas com certeza é coisa de Deus!
De cara eu não tinha sacado, mas depois de um tempo vi que tudo tinha uma trilha sonora. Minhas contatações, declarações e suspiros de apaixonada não poderiam repousar em música melhor. Talvez até pudessem, mas prefiro ficar retida em "Teus olhos", amor.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Festa, reflexão e novos planos


Fim de ano parece aspirar este clima de reflexão, festa e novas metas. Os amigos sercretos revelam o que fomos aos olhos do outro durante o ano, muitas vezes se for medido pelo presente a resposta nem sempre é boa. Em troca do presente lindo e caro que comprou, recebe um muito chinfrin que não tem nada haver com você. Por lado ao tirar o nome de um amigo que você mal sabe o nome indica que você poderia ter se dedicado mais às amizades, sejam antigas ou novas.
Esgotados do trabalho, dos estudos e da correria o corpo e a mente só querem saber de farra. Música, pasmaceira, bebida, sol e água. Parecemos até programados para esta época do ano simplesmente sentar e relaxar. Eu que o diga!
Na festa de reveillon a maioria quer traçar e se possivel já na mãos dos santos seus planos para o ano seguinte. Quem nunca fez simpatia com lentilha, uva passa, pulando ondas? Eu nunca fiz, mas essa não é a questão. Acho que a maioria aproveita o clima ou se adequa à ele para planejar o futuro. Uma casa ou um carro novo, casamento, crescimento profissional...
Sei lá, acho que é a primeira vez que tenha essa sensação tão nitidamente. Minha vida num rumo que eu não sei. Mas que pode ser qualquer um, basta eu querer e lutar para merecê-lo!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Pow, vai pra suas férias!


Arrumem suas malas e sumam de uma vez! Descanse, viaje, faça de suas férias inesquecível.
Vai logo, pra sombra e água fresca... Banho de rio, de cachoeira, assistir televisão à tarde por 30 dias de fim de semana consecutivos.
Já que pra mim será segunda-feira todo os dias, divirtam-se por mim!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Outro dia desolador



Ontem, foi um dia brabo! As promessas de um dia de folga sem preocupações foram interrompidas por uma notícia desagradável. Nada que merecesse importância, talvez por isso me perturbou tanto. Fiquei com raiva, me senti idiota, afoguei-me na tristeza de um balde pipocas, enviei uma mensagem deprimida pro meu namorado, assisti um filme de ação... Ao som de Ben Harper and Relentless7 no último volume vi que todo aquele furor desagradável de sentimentos havia se esvaído. Dancei, compus, cozinhei! E lendo o post "A cura para um dia mau" do blog O que é isso? da Eninha, constatei que tais sentimentos não são tão desimportantes, tem o seu lugar na nossa vida. É através do desagradável que criamos metas para o agradabilíssimo. Sem contar que o ouro de nossas vidas se torna ainda mais reluzente, não pelo pior, mas pela força que mantemos para merecê-lo.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Comprei o que eu queria, e agora?

 A foto é meramente ilustrativa

Finalmente comprei a sandália azul que eu tanto queria. Não deu trabalho nenhum, cheguei na loja apontei a dita cuja pra vendedora, experimentei, paguei e levei à vistinha, pá pum! Cheguei em casa exibindo minha mais recente conquista não tão cara, mas também nada baratinha. Fim de semana e toda roupa que eu pensava ainda não chamava minha sandália nova, azul poxa! Azul coral, coisa mais linda! Fim de semana passou sem que eu tivesse estrelado a sandália. Segunda de manhã quis sapatear com ela, dentro de casa mesmo, afim de babar em cima da beleza estonteante daquele azul. Olhei, olhei, de cima, de lado e atrás, sei lá não fui gostando tanto. Meu tesão por ela tinha passado tão intensamente como veio. E eu me pergunto por que? Por quê? Oh, por quê?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

No fim do dia uma luz


Há poucos minutos estava me sentindo tão triste, mas um fato agora me deixou extremamente entusiasmada. Em casa tem sempre uma grande discussão sobre quem lavará a louça, que por sinal eu detesto. Seguindo o combinado de dias atrás, hoje seria meu dia de meter a mão na bucha sobre os pratos sujos. Estou eu aqui no pc compondo uma poesia muito triste sobre meu dia quando escuto o chuá da torneira da pia, excluindo minha própria pessoa o único que está aqui em casa é meu pai e não, não poderia ser ele. Terminei meu poema o barulho de colheres sendo enxaguados domina meus ouvidos, ainda não sei se é isso mesmo, meu pai está mesmo lavando a louça? Eu ainda não tive coragem de ver, faz tantos anos que não o vejo fazer absolutamente nenhuma tarefa doméstica em casa que tenho medo de ver que o que estou pensando é mera imaginação. Oh, my good, acabo de ouvir choque de panelas! Não sei foi um tilintar tão leve, realmente acho que não pode ser. Vou respirar fundo... vou levantar e conferir essa parada. Deseje-me sorte! Não foram alucinações ele realmente lavou a louça, só não ariou as panelas, mas já muito do caminho andado. Poderei dormir em paz e tranquila sem cheiro de sabão nas mãos, pelo menos uma felicidade nesse dia desolador!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Votei na Dilma, e quem disse que estou satisfeita?


Segundo turno é dificil, ainda mais quando você precisa escolher entre dois candidatos que não condizem com sua linha de pensamento político. Foi triste digitar 13 ao em vez de 43 e ver a foto da Dilma no lugar do que deveria ser a Marina.
Não tenho tanta certeza se a Dilma é mesmo um fantoche do Lula, porém seu nome nunca me disse nada a respeito de política nenhum. Serra eu nem comento muito, porque esse realmente não tem espaço no que penso sobre política, quem quiser que o compre ou se venda pra ele.
A primeira presidenta do Brasil será Dilma afinal, votei nela, sim. Eu deveria estar feliz, mas não estou. Não era minha primeira escolha, foi a última antes de anular meu voto, mas isso realmente eu não poderia fazer.
De mortos à feridos salvou-se o circo todo, palhaços, cantores, fantoches, provavelmente alguns mágicos que farão verbas públicas desaparecerem. E que mal há? O povo que escolheu. Entre o melhor e o pior, já se escolhe o pior, pois "pior do que tá não fica"! Ou fica?

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Relendo o passado


Peguei um caderno 'velho' e comecei a ler as anotações que venho fazendo desde sei lá quando. Sinistro como o passado pode ter vários gostos agora, as palavras por mim mesma assinadas causaram-me surpresa. Sentimentos ruins que eu nem me lembro, histórias inventadas, receitas caseiras que nunca deram certo, contas de dívidas de coisas que eu nem tenho mais, listas de músicas e filmes pra adicionar na minha playlist que perdi quando formataram meu computador, endereços, horários, nomes e telefones, pensamentos soltos, desejos loucos e reflexões filosóficas de tantas coisas, etc.
Cada anotação surtia um efeito único sobre mim, alívio, orgulho, surpresa, nostalgia, contentamento, vergonha, enfim, reconhecimento do passado que ri, chorei e vivi; e a doce contatação de que o agora me faz sentido.
Foi como reler um diário antigo de alguém que eu conheci e me lembro vagamente. Sei o que a afligia, mas não lembro da sua dor. Conheço bem seus caprichos, mas sei que as coisas simples que a conquistam de jeito. Enxergo a linha de pensamento coerente que tem suas idiotices. O tempo passa, sua cara se transforma, seu jeito ganha novos ares, mas a sua essência continua a mesma, sempre ligada à Deus esteja consciente ou não.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Comendo as nuvens


Depois de um dia de trabalho, não tão árduo, mas cansativo, eu precisava tirar aqueles sapatos. Nem bem entrei em casa e minha irmã "o que é isso?". Olhei em mim e vi que não era em mim, mas pra mim. Abri aquela caixona, revirei as espumas coloridas e encontrei um embrulho de presente e um cartão. Fiquei meio desanimada, pois não era o que eu esperava. Examinei novamente as espumas e advinha, eram os algodões-doces com que tanto sonhei. Quase morri de felicidade!
Tudo começou com um post da Rose Nakamura "Criançada vem para o meu cantinho e veja onde vou levar vocês" com a foto do filho dela segurando um algodão-doce enorme, depois foi o post da Maria Marçal "Aceitas um algodão-doce?". É lógico que sim, depois dessa ela já tinha quebrado minhas pernas! Comentei com a Maria o desejo profundo que havia nascido em mim, na mesma hora ela me respondeu sensibilizada. Tudo bem que ela disse que enviaria, mas no ínicio cheguei a duvidar que eu receberia, lá do Rio Grande do Sul? Mas depois de ver tanta veemência nas palavras dela acabei confiando. E agora vou me esbaldar de tanto comer açucar! Sem contar na blusinha super chic que ela mandou pra mim!
Maria, no último parágrafo falo diretamente à você. Suas ações tem um brilho muito especial! Pouco nos relacionamos e antes mesmo dessa sua atitude fofa eu já tinha criado por você uma estima sincera, a partir de coisas que outras pessoas me disseram. Não sou do tipo "maria vai com as outras", por isso mesmo fiquei de longe analisando alguns de seus comentários e posts e percebi sua aura sempre linda, pronta e amiga. Você me conquistou antes que eu a conhecesse. Adorei os mimos com que me presenteaste, pode ter certeza que Deus te recompensará um milhão de vezes mais. Longe mim achar que fizestes isto com esta intenção, tenho certeza de que ficará feliz no mesmo instante em souberes o quanto fiquei contente. Thank you very much e aguarde!

Essa Maria Marçal é mesmo doidinha! Imagine, mandar tudo isto?!


A blusinha, que eu nem esperava, ficou perfeita, tô chic de doer!
Só faltou consertar a cara ahuahauah

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Independente das circunstâncias me mantenho feliz


Fim de semana incrível e como tal também meus sonhos dessa noite foram perfeitos. O toque do celular me arranca à força do soninho gostoso que tatuavam essas boas sensações na lembrança, olho no relógio e são 7:30 da manhã, quem poderia ser? Era do meu trabalho e eu precisava, em cinco minutos, comparecer lá pra assinar o bendito cartão-ponto, entregar planilha e toda essa burocracia que me deixa loooouca!
Vesti o primeiro trapo que eu vi, nem lembro se escovei os dentes (acho que lambuzei um pouco de pasta), peguei um guarda-chuva (além de tudo estava chovendo), minha planilha e subi (meu trabalho fica na esquina de casa). Nem uma sombra de malhumor, só aquela maresia de quem sente a paixão de perto, ou melhor, na vida. De repente passa um carro e eu tomo um banho daqueles, até despertei do meu devaneio com aquela água gelada, mas continuei andando e me dei conta de ainda assim estava tudo bem. O que eu poderia fazer? Nada, afinal de contas o cara foi embora sem nem ao menos pedir desculpas e quem está na chuva é pra se molhar.
À tarde fui pra escola mais lenta que uma lesma, inebriada pelas emoções que dão luz à minha vida, e por causa de um minuto sofri penalidade no cartão-ponto e o salário ó... meus benefícios serão descontados, nada de cartão de alimentação. Mas e daí, estou feliz!
Não deixei que nenhum desses acontecimentos abalassem os bons sentimentos que fluem em mim e sabe de uma coisa passei o dia tão bem. Viver pareceu tão mais fácil, e é. As pequenas coisas que antes poderiam me irritar facilmente foram contornadas com uma simplicidade notável. Não vi problemas, apenas soluções. O tempo que às vezes parece eterno se tornou velozmente findável e agradável. E tudo isso só por estar apaixonada! Pelo meu trabalho, meu namorado, óbvio, enfim pela vida. Apenas uma ação é necessária pra sentir plenamente feliz: não se deter na planície.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Admito, não troco meu asfalto


A natureza é bela, porém se tornou desconhecida. Com o simples objetivo de cortar caminho adentrei o pequeno bosque, que chamarei matagal, conforme avançava ouvia sons desconhecidos de bichos que eu não sabia identificar muito bem. Um pavor foi tomando conta de mim e quando cheguei na pontinha minha acrofobia tomou uma dimensão desproporcional. Tive que escolher o me dava mais medo, era atravessar ou ficar no meio do desconhecido.
Passei a ponte quase correndo, não o bastante, ainda tive tempo de avistar um monstro terrível. Não sei bem o que era, mas parecia um jacaré, ou o montro do lago Ness? Sei lá, só sei que saí em dispara rumo à terra firme, onde o asfalto cheira à pneu queimado.
Adoro a natureza, só detesto a idéia de não saber o que nela habita. Em se tratando de sustentabilidade sou a primeira a levantar bandeira, mas não admito não troco meu asfalto por mato algum.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

E aí quem limpou?


Pelas razões mais óbvias o assunto política me deixou revoltada com nossa população. Ficou muito claro que o próprio povo não se ajuda! Tive muitos sentimentos diferentes em relação aos resultados da grande festa democrática, a eleição, porém não fui capaz de expor nenhumas das opiniões que perambulavam furiosas na minha cabeça.
Hoje, quando saí vi um dos motivos da minha indignação pelas ruas do bairro. Os santinhos dos candidatos (super santos ahauhauah) ainda estavam no chão, não formavam o tapete acolchoado que me recepcionou na madrugada que antecedia a eleição, pior estavam estavam espalhados por todo bairro, ligando todos os quarteirões de uma escola à outra.
Lembro que nos dias posteriores à eleição super chateada com a derrota da minha candidata à presidência, com o governador eleito e a vitória inaceitável do Tiririca, fora outros aburdos, eu lia os jornais da região e em todos eles haviam matérias à respeito do lixo eleitoral, uns diziam que a limpeza era dever do município, outras já atestavam que a prefeitura já havia feito a limpeza. Mas não foi nada disso que ocorreu, pelo menos aqui na minha rua. Moro bem em frente de uma escola usada como local de votação e os únicos a limparem a rua foram o vento, a chuva e a própria vizinhança ao ver os papéis invadindo seus quintais.
Será que ninguém vê as pessoas que jogam esse papéizinhos? Eu fico sempre supresa porque quando saio de casa no dia anterior está tudo em ordem, limpinho. Dessa última vez quando chegava em casa às 5 da manhã quase bati no moço que entrega jornal, porque achei que ele estivesse fazendo boca de urna. Esse pessoal parece invísivel, mas na hora que eu pegar faço limpar com a boca!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Sem tempo pra ser egoísta


Depois de dias sem aquela caminhadinha habitual corri atrás do tempo perdido, andei como uma louca pelas ruas, suei como nunca e cheguei em casa louca de fome! Que tal uma refeição super calórica com direito a queijo e gordura só pra mim? Perfeito! Mal preparei meus pastéis de queijo, frango e requeijão e meu pai chegou urubuzando meu prato. Desisti da refeição, guardei os pastéis crus na geladeira e adiei a injeção de calorias pra amanhã assim que eu tiver um tempo pra ser um pouquinho egoísta. E gulosa! ahauahauh

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um diálogo bem molhadinho


Mal saí do trabalho e ela com a cara fechada já me ameaçava:
-Se você não andar logo vou molhar tudo.
-Espera que eu já estou indo.
Pra justificar a permissão do atraso da minha matrícula na academia decidi ir andando. Mas ela não entendeu minha necessidade física.
-Vou fazer meu serviço aqui mesmo. Já estou pingando!
-Tenha calma, só mais um pouco e já chega.
Percebi que ela estava mesmo era fazendo pirraça, sabia que eu não teria como explicar as roupas molhadas em caso de uma gripe futura. Corri com ela pra ver se ganhávamos tempo e já na esquina de casa senti molhar tudo, apertei mais o passo e a coisa começou a jorrar. Entrei pelo portão de casa aliviada por finalmente chegar e gritei pra chuva
-CHOVE, CHOVE À VONTADE AGORA, SUA FOLGADA!
E a filha da mãe nem pra se dignar a me obedecer, simplesmente cessou-se a precipitação!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O velho e a faca


Há uns dias atrás sofri uma tentativa de assalto e atesto que reagir só aumenta o perigo de atentarem contra sua vida.
Estava andando pelas ruas notoriamente desertas, e como era dia não me importei em continuar meu caminho. Por total descuido deixei que uma nota de dez reais escapasse das minhas mãos no mesmo instante em que me deparei com um velho esquisito e mal encarado, que me observava por sinal. Senti uma adrenalina louca me subir à cabeça e uma certeza absoluta de que algo de mal iria me acontecer em virtude desse velho. Tomei impulso para correr, mas não tive tempo o velho avançou mais rápido em minha direção com uma faca nas mãos, parei com a ponta desta já no meu estômago. Mais um passo e eu sabia que ele me esfaquearia sem dó ali na rua. Pedi clemência enquanto ele me exigia dinheiro, interpelei-o dizendo que a única grana que eu tinha caíra no chão pouco antes e que poderia lhe mostrar onde fora. Minha sugestão pareceu agradar o velho, tanto ao ponto de distraí-lo por breves instantes, foi quando eu consegui me desvencilhar da faca apontada para meu estômago. Mas a alegria durou pouco o velho conseguiu me alcançar pelo outro lado com a faca ainda em punho acertando o lado direito do meu estômago, pela primeira vez durante todo esse episódio senti meu coração acelerar, pulsando como uma bomba prestes à saltar pela boca. Levei uma das mãos ao ponto tocado pela faca e a outra na boca, acordei pensando que eu não poderia morrer agora que estou vivendo um momento tão feliz.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

E aí já escolheram?


Fico lendo estas notícias políticas e ao vez de me decidir só consigo ficar mais apavorada. As eleições são no próximo fim de semana e eu ainda nem tenho meus candidatos. Longe de ser uma cidadã politicamente engajada não sou muito do tipo que vota em qualquer um, porém nesta eleição sinto-me como se houvessem apenas "qualquer um" para votar.
Pastores, cantores, humoristas nada contra tais origens, talvez eu os subjugue, mas o que me vêm à cabeça é se eles darão conta de conciliar as duas coisas. Fico imaginando o trabalho de um politico, quando realizado, exige tempo, concentração, discernimento é uma profissão e não um bico. Penso naqueles que restam, muitos eu não conheço, outros roubaram ou estão coligados aqueles que já roubaram.
Ora, enfia tudo num saco e joga fora! Quando penso nas eleições passadas, penso isso que joguei meu voto fora. Parece que não importa muito em quem eu vote de um honesto que se eleja outros trocentos desonestos já estarão ocupando cadeiras no senado.
Contudo, já que votar é um direito, obrigatório, acho que fazer um esforço em nome da consciência limpa e votar o mais certo possível não mata ninguém. Quem sabe acontece um milagre e as coisas mudam. Essa semana vou correr e pesquisar os candidatos que se juntarão à Marina Silva, que já é meu voto antes mesmo das campanhas começarem, e aí por mais que a Dilma bata o pé seja o que Deus quiser.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Finalmente nos conhecemos pessoalmente


Há muuuuito tempo atrás uma dihittiana me contatou declarando-se minha conterrânea. O que foi uma surpresa pras duas visto que nossa cidade, coitada, fora dela mesma não é conhecida por muita gente (somos sempre obrigados a listar as cidades vizinhas para que possam situar nossa morada na extensão interiorana de São Paulo).
Dito isto, uma adicionou a outra no msn e consegui já perceber uma garota de garra e com muita luta na bagagem, apesar da pouca idade. E como empresária que é, não deixou de vender seu peixe, com a convicção de quem sabe exatamente o valor do seu trabalho e toda sua simpátia. Marquei de nos encontrarmos um dia no seu salão de beleza. Claro, que esse um dia demorou meses, porque eu sou meio enrolada (não foi à toa que ela me confundiu com outra Michele no telefone), porém sempre cumpro com minha palavra.
No dia marcado eu tinha mil e uma coisas pra fazer, coisas que eu tinha intenção de já ter terminado no dia anterior. E anda pra cima, pra baixo, e compra, e troca, anda mais um pouquinho, paro pra me dar o sorvete que eu havia me prometido há uma semana. Quando olho no relógio a supresa não me surpreende, eu já estava atrasada. Desci as ruas do bairro praticamente correndo, comi sorvete com cabelo porque ele voava pra todo lado com o vendaval que acontecia.
Cheguei no Salão da Juliana Ramires com os cabelos do Valderrama! Por mais que você tenha visto fotos, cara a cara é sempre diferente, porque se somam além da aparência física o tom da voz, a entonação predominante no jeito da pessoa falar e o que torna a conversa agradável é sem dúvida a confirmação da personalidade que você costumava apenas ler o lindos olhos azuis dessa garota, te hipnotizam! O salão que segundo ela era uma funilaria, eu acho, exibia uma transformação notável: espaço limpo, arejado e bonito. Pelo histórico que a Juliana relatava (a mudança e reforma do salão que ela mesma, ora e outra, meteu a mão na massa) e imagino que em cima disso tenha ainda muitos projetos, é um salão com tudo pra se tornar muito chic, famoso e bom.
A Juliana havia garantido, em várias conversas anteriores, que a escova era a especialidade dela, prosseguimos com a agenda previamente estabelecida que incluia hidratação e escova. A disposição e qualidade que exalavam dos produtos que ela usava transmitiam uma sensação de conforto e prazer. Paguei pra ver e vi, quer dizer eu paguei depois, mas quase sem acreditar que aquilo ela chamava de bom. Não era nada bom, nem chegava a ser ótimo, era excelente! Tirando a marca de óculos bronzeada da cara e a roupa esporte demais eu estava linda! Irreconhecivel!
E com tudo isso eu muito burra nem lembrei de tirar uma foto do encontro com a Ju, saí voada do salão porque já estava atrasada pro meu próximo compromisso. Só posso encerrar o post dizendo que palavra dada é ação concretizada disse que a conheceria e conheci, ela confirmou-me sua eficiência quanto aos seus dotes de embelezamento. Uma cliente e promoter do salão ela ganhou, quem sabe também uma nova amiga!

*Na próxima registramos com foto.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O humor e a comida

Antes fosse aí, eu pareceria tão idiota, agora. Pq eu postei isso mesmo?

Eu já ouvi muita gente dizendo que quando fica ansiosa(o), nervosa(o), preocupada(o) ou come demais ou não come nada. Eu achava que não sofria desses temperamentos, mas acabei de descobrir que este mal é de todos.
Louca de saudade, sem ter muito pra onde correr o jeito foi comer. A saciedade não encontra lugar e na tentativa de substituir o prazer acabo inventando. Já criei tudo que é tipo de comida e comi todas, claro, mas a mais recente superou todas as outras: salame com chocolate! Estranho, porém bem gostoso! (?)
Acho que quando nosso humor está desequilibrado os nossos sentidos perdem um pouco da consciência. O que nos aflige nos consome a ponto de não correspondermos corretamente às nossas reais necessidades. Trocamos B por A em excesso ou abstinência e por um segundo tudo parece bem até lembrarmos a realidade em que nos perdemos.
É sempre válido destacar a importância do bem estar pessoal que sai de si para si mesmo, pois este é o verdadeiro ponto de equilibrio. A solução não está nas coisas, mas no próprio coração. Mas dar a louca de vez em quando também pode!

Lavagem eleitoral


Levanto cedo e resolvo dar uma caminhada, por os ecercícios em dia. Surpreendi-me com a mudança na paisagem, a cada quarteirão quatro, dez cartazes de propaganda eleitoral do mesmo candidato. Conforme eu andava me sentia numa de sessão de lavagem cerebral, eu nunca estive numa, mas deve ser bem parecido! Aquela mesma imagem se repetindo milhares de vezes, quase furando os olhos... fiquei até meio sonsa! Mas agora eu já sei em quem vou votar: nesses fulanos que não.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Jornalismo do medo


Por mais que saibamos que a televisão é uma fábrica de alienação isso não nos faz imune ao poder que ela tem sobre nossas mentes. Eu sempre dou graças aos céus por terem inventado o cartão de crédito e débito, porque assim evito estar em contato com dinheiro vivo, diminuindo, na minha visão, as chances de ser roubada. Mas hoje eu precisava ir ao banco retirar dinheiro no caixa eletrônico, porque é sempre bom estar com algum já que nem todo lugar é tão moderno a ponto de aceitar pagamentos com cartão. Parei diante do banco, avistando os caixas eletrônicos, e tudo o que eu conseguia ouvir na minha cabeça eram as notícias do jornalismo da record, que mais parecem reprises de seriado, das saidinhas de banco. Já me imaginei sendo assaltada e perdendo a grana, entregando senha de cartão e o escambal! Eu sempre evito tirar dinheiro, mas só hoje me dei conta de onde se origina meu receio.
Não sei se é meu jeito torto de enxergar as coisas, mas quando eu assisto essas notícias fico com a impressão de que em estou em Sodoma e Gomorra, que o apocalipse chegou e o inferno é aqui. Me sinto cercada pela violência por todos os lados. A esperança no ser humano se findou! Se soassem como um alerta ainda vai lá, mas eles se utilizam tanto do supersensacionalismo que parece que tudo bem que troquemos as ruas por por presídios, chamados de lares. Tudo bem que o mundo não é nenhum mar de rosas, porém é desnecessária essa cultura do medo que insistem em nos pregar.
Contudo notícias assim não é mérito exclusivo da rede record as outras redes de tv também retem mais tempo numa notícia sobre violência, ou pior numa meramente informativa sem nenhum significado pra nossa vida, do que com uma notícia de conteúdo crítico. Nesse padrão entreter, noticiar se tornou sinônimo de abestalhar, amedrontar.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Talvez não faça sentido


Na falta de outros procedimentos mais adequados, nada melhor que um banho pra relaxar... Lavei o rosto com sabonete e sem querer acabei degustando o dito cujo. Sim, eu comi sabonete e quer saber, achei gostoso!

E eu tenho essa mania de andar no escuro dentro de casa, hoje eu vi um bichão sentado no sofá da minha sala. Eu vi mesmo, mas acendi a luz e não tinha ninguém, nem alma penada. Meu coração se apavorou pra nada.

Sem crédito, bônus, lenço ou documento, meu celular só espera... bateria fraca. Tá, ele não faz mais nada! Recarrego crédito e bateria, saldo ok e essas mensagens de promoção que eu não entendo. Cadê a coerência, a coesão? É golpe pra não justificar porque meus créditos somem de repente.

O dia hoje não me fez muito sentido e talvez as partes desse texto não tenham relação uma com a outra. Ora, a vida não é pra fazer sentido, então que as palavras sobre elas sejam mais vividas que esclarecidas.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Quem canta seus males espanta


Estava eu aqui, confusa, sentindo uma tristeza envolta em felicidade, ou o contrário? Procurei umas bases R&B, loguei no meu blog e comecei a cantar minhas composições, ora alegres, ora melancólicas. Porém, quanto mais eu cantava melhor me sentia. Minha alma parecia desabafar mesmo quando eu desafinava ou saia do tom. Aos poucos eu vi o desânimo me abandonar e pudi enxergar quantas conquistas tenho feito, quantas batalhas superadas. Eu tinha mesmo é que levantar a cabeça e cantar o hino da vitória! Só não sumiu a canseira, porque acordar às 5 da manhã e trabalhar o dia todo sem piscar o zóio derruba qualquer um! Rsrs.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quero comer com a mão!


Esses dias tenho andado meio área, já se pode imaginar porque, nem tive cabeça pra escrever sobre nada. Mas agora me veio esse fato de alguns dias...
Minha tia resolveu comemorar seu aniversário com um rodízio numa churrascaria. Rodízio de pizza eu conheço bem, mas de carne foi minha primeira vez. Achei o ambiente bem elegante pra uma churrascaria, os garçons me puxaram a cadeira, me atenderam bem até eu começar a comer. À partir daí, me obrigaram a beber refrigerante colocando tudo de uma vez no copo, pararam de me servir depois que recusei algumas carnes que jorravam sangue, arrancaram os pratos da mesa sem termos acabado de comer e ofereciam bebidas e sobremesa o tempo todo. Meus primos corriam pela churrascaria desarrumando todas as mesas vazias e arrastando cadeiras, gritando fazendo escândalo por causa de um sorvete.
E nesse clima eu tentava encher a pança, fiquei ali rondando as saladas e o acompanhamento. Quando começou o rodízio me servi de frango, linguiça, pernil, já estava achando meio chato, mas quando resolvi aceitar uma carne "lá" tirei minha conclusão: sem pegar na mão não tem graça. Eu adoro os churrascos que minha família promove, além da fartura e qualidade temos o despudor de poder comer com a mão mesmo uma asinha de frango, uma picanha ao ponto, uma linguicinha, etc. Não sei, mas acho que o sabor fica até melhor.
Fiquei satisfeita, mas essa insatisfação do ponto de vista social. Esse negócio de etiqueta, às vezes tira a intensidade do prazer das coisas mais simples da vida. Da próxima vez vamos na pizzaria!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Uma resposta de Deus


Em meio aos louvores, aos quais ela fazia questão de acompanhar junto ao povo, embalada pela melodia que a banda ditava e a letra tão profunda, mergulhou naquela canção como se pedisse uma resposta ou confirmação de Deus quanto ao que estava sentindo. Lançou seu olhar para o lado oposto ao que estava, na direção daquele que lhe despertava esses novos sentimentos de euforia e felicidade inexplicáveis. A cada palavra que cantarolava sentia o toque de Deus em seu coração. Ergueu os olhos para frente, como quem diz "hora de decidir!" e uma criança bem pequenina lhe sorriu. Um sorriso gratuito e verdadeiro que não parava nunca. Deus não poderia ter dado melhor resposta.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Idéia certa na hora errada!


Sai do trabalho apressada desistindo de carona e de bus pra voltar pra casa. Na esquina lembrei da minha blusa, fui descendo de volta olhando dentro da bolsa, dei meia volta pro rumo de casa porque eu não a tinha esquecido como pensei. Depois de uns quinze talvez vinte minutos lembrei o que realmente eu tinha esquecido, minha mala de "marmita" dentro da geladeira. Meu suquinho, minha maçã, meus talheres e um limão. Olhei a hora e muito provavelmente não havia mais ninguém lá, liguei, o telefone tocou até cair a linha, confirmando minha suposição. Pra minha sorte o fato de não ter local fixo de trabalho não estava programado que eu voltasse lá amanhã, vou ser obrigada a levantar mais só pra buscar meus pertences.

Continuei andando num impulso genial de substituir a caminhada. Resolvi cortar caminho por um gramado com a extensão de um quarteirão bem grande. A grama era fofa e não rasteira como parecia, alguns lugares pareciam ser buracos e na mesma hora eu pensei "vai aparecer uma cobra daqui a pouco". Saí andando quase correndo e o outro lado do quarteirão parecia não chegar nunca, a essa altura eu não pensava só nas cobras, mas também em escorpiões, aranhas e afins. Cheguei ao asfalto soltando os bofes pra fora!

Em vez de continuar o roteiro inicial, optei por descer pra rua debaixo. As casas foram desaparecendo e eu só via mato. Estupradores. Chupa-Cabras. Cobras. Eu corria das bicicletas e fugia dos carros. Pedestres? Só a louca aqui. O céu foi ficando escuro e meu medo foi aumentando, graças a Deus que a civilização estava, enfim, à vista!

Hoje foi um daqueles dias em que se tem a idéia certa na hora errada. Eu deveria ter voltado, não deveria ter encurtado o caminho e não deveria ter escolhido um caminho desconhecido! Mas no fim ficou tudo bem, cheguei inteira. O jeito é tomar um coquetel de sensatez três vezes ao dia!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ele ainda não sabe, mas é ele.


E pra quem achava que eu ia morrer solteira tenho a satisfação de dizer que se enganou. Nada de dia do solteiro, nem de fingir que é um máximo estar só. Ahuaauahauha. Eu me avisei pra não por a carroça adiante dos bois, mas eu não consigo!
Eu arrumei um namorado, só que ele ainda não sabe que é ele. Talvez faça idéia, mas saber realmente isso ele não sabe, não. E eu só sei porque enfiei essa idéia na cabeça, ou foi no coração? Não sei, as vezes me pego indecisa sobre a questão. Contudo se não for não é mais ninguém. Gosto de um tipo muito raro, o típico bom moço, sabe? Acho que já conheci todos que haviam e como não aceito um nível inferior, por eu ser essa pessoa excepcional e maravilhosa, só pode ser esse aí. E além do mais acho que aquele bichinho me picou!
É estranho gostar de outra pessoa de novo, mas ao mesmo tempo é uma sensação de liberdade muito grande. Espero estar certa dessa vez ou melhor que minha certeza vire ganhe coragem e vire enfim, realidade.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Fone de ouvido, lógica ou opção?


Não é de hoje que ouvir música no celular fora do modo auricular virou mania entre o povão. Essa é uma coisa que sempre me intrigou, porque se a porcaria vem com o fone a lógica é que se ouça nele e não acionar o auto-falante obrigando todos a sua volta a escutar o que você quer. Não é só por uma questão de gosto de pessoal, mas desde quando o ambiente é público a individualidade de cada um deve ser respeitada dentro desse espaço.
Nessas minhas aventuras no bus da cidade no trajeto casa-trabalho e vice-versa, já me foram impostas várias situações desagradáveis sobretudo aquelas que sobrecarregam ainda mais meu psicológico. Estou eu ali tentanto relaxar depois de uma tarde tentando dar aula (porque sempre eu consigo rsrs) e chega uma fulana gritando aos quatro ventos o quanto sua sogra é chata ou então um bando de adolescentes falando e rindo dos garotos que esnobam. Mas a pior de todas é quando chegam os estudantes com a caixa de som de seus celulares tocando música eletrônica, e todo dia é a mesma música! Hoje fui obrigada a ouvir um funk que ordenava as novinhas a erguerem os braços e sentar não sei onde, e como se não bastasse eram três meninas cada uma com seu celular, enquanto um incomodava, as outras cantavam em voz alta o repertório que rolava em seus celulares. Eu quis muito jogá-las fora do bus, elas e seus celulares, mas pra não ser taxada de chata e ignorante injustamente, suportei. Só me aliviei quando elas desceram.
A conclusão é : não é que falte respeito, mas a maioria não sabe o que é isso, muito menos como fazer. Mas é claro que todo mundo quer, um bom exemplo foi de uma idosa que entrou no onibus lotado essa semana e ao questionar pra um garotinho e sua mãe se ele cederia o lugar, que por sinal era o resevado aos idosos, deficiente e gestantes, ambos disseram que não. A velhinha abriu mão do direito ao transporte gratuito, passou a roleta e se acomodou num dos bancos que uma passageira lhe cedeu. O meu começa onde termina o seu, ou o contrário? Tanto faz, pra algumas pessoas cuidar do próprio umbigo está longe de ser algo que fira a integridade do outro e nem sempre é assim que acontece.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O tempo que te consome


Hoje cheguei em casa e corri pro chuveiro pra dar aquela relaxada depois do trabalho. Ensaboa aqui e ali, canta um pouco, ensaboa de novo, fico olhando as gotas caindo do chuveiro. Tão quentinho. Olhei pro vidro embaçado, pensei na conta de luz, chorei porque eu não queria sair. Aí pensei, a maior parte do meu dia fico no trabalho, em segundo lugar dentro de um meio de transporte (público ainda por cima), em terceiro lugar, apesar de ser mais gostoso, o banho.
Saí do banheiro pensando no meu tempo, como ele é gasto, se é bem bem utilizado. Até que eu sou mais ou menos organizada e tenho tempo pra de tudo um pouco, mas de repente o dia me pareceu curto em relação a quantidade de coisas que são prioridades, principalmente na vida pessoal. Muitas vezes traz-se os problemas do trabalho pra casa e o diálogo com a família se torna um "inferno". Um tempo de paz é se fechar no próprio mundo, nas poucas horas que temos pra trabalhar o espiríto que evolui através das relações sociais (dar e receber).
A conclusão que eu chego é a mesma daqueles que pararam pra pensar nisso, vou mudar. O importante é não deixar o tempo te consumir sem que se tenha absorvido as coisas boas que a vida oferece. Não disse que mudaria, sem perceber mudei. Antes do portão do trabalho deixo todos os problemas lá e me mando pra casa levando as gratificações do dia o que me dá animo pra ser pelo menos um pouco mais boazinha. Se eu não tiver paz em casa, onde terei?

*Consegui isso pelo menos hoje!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Fala se tem alguma coisa melhor que dormir?


O cúmulo do cansaço!

Claro que é possível citar algumas... Bem, mas enfim, dormir é uma maravilha! Ainda não acostumei com esse negócio de ir trabalhar todo dia! Ontem, cheguei super tarde e acabei dormindo tarde de novo, pra levantar hoje de mañhã foi foda. Acabei indo trabalhar sem almoçar direito. Lá na escola, não se tem paz um minuto (desgruda o olho dos pestinha, quer dizer anjos abençoados, um minuto pra ver o que acontece). Saí da escola e me surpreendi com a ventania que fazia, não demorou muito o onibus chegou (é estou tendo que aprender a andar nesse trem). Como a maioria das cidades as linhas de onibus são uma bela porcaria e acabei num onibus que dava volta pela cidade toda pra depois chegar no meu bairro. Sobe rua, desce rua, o céu cada vez mais escuro e aquele bus balançando igual colo de mãe (brava né, porque tem hora que dá cada solavanco!) foi aquele soninho e por mais que tentasse não conseguia manter os olhos abertos. Relaxei! E acordava a cada parada assustada pensando que já deveria ter descido. Mesmo fedida e com fome não resisti a tentação do sono, o cansaço falou mais alto!

*Ainda bem que estava de calça!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Balança mais alto


Voltas às aulas e resolvi levar a criançada ao parque pro choque não ser tão grande. Foi a primeira vez desde muito tempo que não ia ao parquinho. No começo eu achei um saco e me senti perdida enquanto as crianças brincavam de achar a chave de não sei do quê, mas depois fiquei com inveja deles. Queria poder sentar no balanço e balançar bem alto como eu fazia na infância, ou quando eu deixava minha irmãzinha chorando no alto da gangorra. Eu aprontava muito! Domingo íamos almoçar na minha avó e o programa da tarde de lei era o parquinho, que tinha um a cada esquina. E hoje se não fosse os parques da escola, ainda que precários, manter essa parte boa da velha infância seria inútil!

terça-feira, 27 de julho de 2010

A massa e o recheio


Estou neste momento digitando com apenas uma das mãos, isto porque a outra me ajuda a deliciar-me com esta gostusura de rosca.
Ah! Tive que interromper porque o creme estava me lambuzando toda, tratei de saborea-á-la como se deve. Depois de lavar as mãos continuo a reflexão que nem comecei. Toda vez que como alguma coisa muito gostosa, tipo essa rosca, tenho a tedência a começar pela massa e deixar o masi gostoso pro final que é o recheio. Aí fiquei pensando se algo tem haver com minha vida. Às vezes sofro tanto lutando por alguma coisa que quando consigo deito e rolo num mar de rosas! Tá certo que nem sempre é assim, às vezes após a conquista acabo por desistir, ou melhor, mudar de sonho. Mas acredito que seja o que a maioria passa ou almeja. Se deliciar no puro recheio!

*Claro que tem gente que come o recheio primeiro!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Patriotas hipócritas


Tive a oportunidade de admirar nosso o hino nacional! Que riqueza de palavras! É tão lindo que ninguém entende nada. Não é à toa que há tantas Vanusas por aí! E que hino hipócrita o nosso, aclama as matas, os verdes que são derrubados ou queimados todos os dias. E como se não bastasse ainda tive que ouvir o hino da minha cidade, pela primeira vez, um repeteco de três frases muito do sem graça. Pra que hino, pra que falso patriotismo? Eu não consigo cantar (antes que me aponte eu sei a letra, tá!), faço pose, mas não canto. E por favor não aplaudam no fim!

domingo, 25 de julho de 2010

O melhor beijo é o de Amor

O pessoal da igreja vai ficar meio chocado ou revoltado, mas eu precisava contar essa história. É sobre o beijo mais lindo que já vi. Não está nos cinemas, nem foi cena de nenhuma novela, foi muito real porque continha mais que sentimento, uma história de luta que culminou numa vitória incontestável.Diante do juiz o casal permanecia ansioso pro grande sim de suas vidas, de onde quer que estivesse era possível ver o brilho que erradiava dos olhos dos dois. O sorriso escapava do rosto, percorria os braços e as mãos que se mexiam e suavam sem parar. Afinal, a pergunta que não queria calar: Aceita este homem como seu legítimo esposo? Sim, sim. E vice e versa. Um olhou pro outro, não no vazio, mas na alma. Os corpos se achegaram, molharam-se os lábios e pouco a pouco as bocas foram se encostando. Um beijo de anjos. E no fim podia-se ver a satisfação e a certeza de que um seria do outro para sempre, inclusive na lei dos homens. Marido e marido se abraçaram e foi assim um dos primeiros casamentos gays.

Uma pena eu ter uma reprodução do acontecimento, uma cena muito bela, até pros mais céticos!

sábado, 24 de julho de 2010

Esqueceram de mim


Eu adoro ficar em casa sozinha, ouvindo o rádio no volume que eu quero, sem precisar ouvir gritaria no meu ouvido ou o contrário ter que gritar com alguém. Essa semana foi meio que isso, todo mundo saiu pra trabalhar e eu fiquei curtindo minhas férias. Mas aí no meio da semana já me percebi melancólica e solitária. Quando eu pudi finalmente curtir um momento meu, me senti a única pessoa do mundo! Que horror!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A frustração da vendedora


Com o atestado de óbito das minhas botas pretas nas mãos, fui ao centro da cidade pra ver se encontrava outra. Dei uma olhada nas vitrines e não haviam lá muitas opções pra mim. Por fim fiquei pra lá e pra cá até que resolvi voltar na primeira loja que passei. Entrei mal olhei a vitrine e uma vendedora encostou em mim. Fiz o pedido de uns três modelos, toda educada me atendeu. Pedi mais uns dois, três, olhei no espelho, torci o bico, virei o pé, olhei e disse "ahhh não gostei, fica pra uma próxima". A vendedora começou a espumar saliva, os olhos saltaram pra fora e as mãos vieram direto para o meu pescoço. Eu tentava dizer a ela q mudei de idéia, que iria levar a bota, mas a voz não passava. Eu ia mesmo morrer de morte matada!? Antes do ar me faltar pude ver seus olhos brilhando de satisfação por não engolir o desaforo de uma cliente deito eu. Enquanto ela dizia "Por nada!", vi tudo isso acontecer de fato nos olhos dela.

terça-feira, 20 de julho de 2010

30 minutos e uma noite perdida

Nem contando carneirinho!

Depois de um fim de semana daqueles sem pregar os olhos, nessas baladas da juventude, eu teria uma noite inteira de sono só pra mim. Segundona, fiz o que tinha pra fazer e o tempo não passava. Ao cair da noite, após uma caminhada, um banho e comida, deitei na cama pra matar o tempo lendo um livro. Depois de 30 minutos acordei, olhei no relógio era 22:30, nem acreditei que tinha cochilado. Liguei a tv com uma vontade de dormir de novo, fui escovar os dentes e comecei a rir assistindo ao CQC, despertei. Quando deu 1h da manhã, pensei "vou dormir". Fiz minha orações e reflexões do dia, terminei de ler o capítulo do livro, apaguei a luz e deitei na cama. Quem disse que eu dormia? E quando você começa a pensar, já viu. É pensamento atrás de pensamento e não se prega o olho. Sei lá acho que, finalmente, dormi quase 5 horas da manhã e aí não deu pra nada dormi só mais 4 horas. Não descansei, nada. Pelo menos a ressacazinha passou!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Tudo em nome da beleza, como é que a gente aguenta?


Depois de 4 horas dançando sem parar em cima do salto, estou que não sei como é que a gente aguenta. Nós adeptas do salto alto, mesmo já sendo alta pra 'boné', somos loucas, ainda mais depravadas se são sapatos de bico fino! Meu dedão está dormente, coitado! E pior é ter que ficar sem eles, parece que perdemos a elegância, a pose, a pompa. Mas pra se auto-seduzir e consequentemente conquistar os outros, acho que vale o esforçozinho.





quinta-feira, 15 de julho de 2010

Furando o zóio


Noite passada vivi uma das experiências mais incríveis da minha vida. Não foi nada sexual como pode parecer, também acho que nem pensou nisso né, eu é que... Bom continuando, foi muito radical!
Um vidro de espelho girando em alta velocidade rente aos meus olhos, cada vez que eu piscava quando abria os olhos via um efeito estético novo sobre o espelho. A menos de 2 centímetros do meu globo ocular aquela peça girava e parecia cada vez mais perto, não temi, continuei encarando. Cristais pareciam dançar sob a luz que refletia sobre nós, o espelho perdeu o controle e furou meu olho com o impacto pulei da cama com as mãos nos olhos tentando tirar um cisco que acabará de cair enquanto eu dormia.

*Será que o sonho foi um aviso? Sinistro!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Cara, cadê meu carro?


Fim do jogo 1x0 para a Espanha, que entra para o time dos campeões do mundo, com direito a prorrogação e o palpite do polvo Paul. Saí do Soccer City animada... mas onde estava meu carro? Não lembrava onde eu havia estacionado. Olhava prum lado e via muitas pessoas desconhecidas, alguns carros que eu também não conhecia. Comecei a ficar desesperada prevendo o trabalhão que a perda de um carro, num país que nem era o meu, daria. Andei alguns quarteirões apertando freneticamente o dispositivo do alarme pra ver se ele falava comigo e nada. Sentei diante de uma casa numa rua escura de Johannesburgo e uma luz se acendeu na minha mente, "eu não dirijo, portanto não tenho carro". Levantei abri o portão, entrei dentro de casa e acordei.

sábado, 10 de julho de 2010

Os pais não entendem


Acabo de sofrer a maior humilhação pública dentro da minha própria casa. Meu pai resolveu ir num churrasco com os colegas do trabalho hoje e um deles ficou de vir buscá-lo. Estava eu nos meus trajes de dona-de-casa em dia de faxina, quando ouço meu pai chamar alguém pra entrar, uma atitude sem o menor problema se se tratasse de um velho como eu pensava. Quando olho na porta um rapazinho, quando olho pra mim a gata borralheira, mais borralheira do que gata! Que vergonha, o cabelo sem pentear, meias e chinelo, camiseta de propaganda e calça legging! Será que não poderia ter me avisado antes? E meu pai ainda disse "essa aqui você conhece?" o menino ficou me encarando mais um zilhão de anos tentando puxar na memória até finalmente dizer que não. Tomara que ele seja bem ruim pra guardar fisionomia, tomara que eu não o encontrei por aí. Que vergonha!

*Sem contar a casa que estava de pernas pro ar!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Cada macaco no seu galho!?


Está tudo de pernas pro ar, muita gente fora do seu lugar! É polvo dando uma de vidente (isso non équisiste!!!), paraguaia pirigueti eleita Musa da Copa (cadê o comportamento tipo Miss?), a Globo perdendo seus privilégios de exibição (parece até milagre!), goleiro se achando mafioso (foi pego no velho golpe da barriga e desde quando isso é motivo pra encarnar Tony Soprano do morro) , eu tentando imitar a Mariah Carey(?), Espanha e Holanda na final da World Cup South Africa (ambas sem um título sequer nas mãos). Nenhuma dessas coisas faz sentido, talvez não seja necessário tanto sentido assim!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Eu faço freestyle quando tô com os pinos sorto!

Eu não tô bem dos pinos
e se quiser me interna!


Hoje estou num daqueles dias em que tudo que sai da minha boca não faz o menor sentido. Sabe criança quando inventa mania de fazer determinados barulhos quando está fazendo algo? Então é mais ou menos isso, faço freestyle em cima de qualquer música que estiver tocando no rádio, geralmente enunciando o quanto estou louca naquele momento, ou chateando o jeito de fazer algo de outra pessoa ou mesmo o meu, ou faço uma nova versão em espanhol da música vigente, ou invento uma ópera com uma língua totalmente desconhecida. Raramente tem rimas, pior ainda que prestem, uma ou outra acaba tendo algum potencial, aí eu anoto pra me inspirar, mais tarde, em algo que faça algum sentido ou nenhum...

De volta à produção de endorfina

Após quase duas semanas sem minhas caminhadas diárias senti o peso das minhas faltas e da minha camilança, hoje, quando retornei às minhas atividades. Meu corpo já estava todo atrofiado, meu corpo muito mais pesado, quando mais rápida ia, ainda mais lenta eu ficava. Bora correr atrás do tempo perdido!

Queime o que tu comes, depois tá liberado!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O primeiro é o mais bonito


Não sei as outras pessoas, mas meu primeiro salário oficial de carteira assinada e tudo foi o mais bonito! Conforme o tempo passa, eu sei vai ficando tão magrinho, desnutrido, sem graça. Li um livro, "A àrvore que dava dinheiro" quando era criança, que ilustra bem o que quero dizer. Quando floresce (cai na nossa conta bancária) arrancamos galho por galho, flor por flor (cada centavo) para um vaso (consumo) novo e quando menos se espera a àrvore está depenada (a conta quando não está a saldo zero, no vermelho). O jeito é cuidar para que o mínimo vire gorjeta-máxima!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Acabou o clima de feriado

Os jogadores da seleção brasileira voltam pros seus Euros e nós brasileiros pro batente!

E eu não precisei torcer contra ninguém, só torcendo a favor já deu tudo errado. Brasil com um jogador expulso é eliminado de virada. Gana, meu segundo time nessa Copa, também eliminado por uma porcaria de penalti mal cobrado! Não é segredo que o Brasil na final do Mundial era mais uma miragem do que uma possibilidade, porém lá no fundidnho eu torcia porque os jogos da seleção rendia a alguns trabalhadores, como eu, algumas horas a menos no trabalho, beber cerveja no meio da semana como se fosse sábado à noite, viver uma micareta em pleno mês de junho. Agora, a mamata acabou! Vai trabalhar vagabundo! E Gana jogou muito, mas ficou devendo.

Dancinha, agora só no jogo do Santos, com os meninos da vila!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Nada de caminhada essa semana


Não sei ainda se é uma desculpa minha ou se realmente não dá pra eu caminhar essa semana. Certo que ontem eu estava com preguiça, mas hoje estou sentindo um peso na consciência. E como eu faço pra caminhar se meu tênis se arrebentou todo? Eu tinha 3 e agora estou sem nenhum por conta dessa história de começar a correr foi se indo um eu ia substituindo por outro, até as molas do último tênis pularem todas pra fora. Vou fazer esse esforço de esperar até o pagamento, mas está difícil, pois sou viciada nessa coisa!

*Dai-me, a endorfina de cada dia!

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