domingo, 28 de fevereiro de 2010

Notícias de uma Família Especial


Eis que a reproduzo:


Olá,

Quanto tempo não é mesmo? Aqui está uma confusão generalizada! Só conferindo pessoalmente pra entender.

Recebi seu e-mail, fiquei feliz e tentada a responder-te imediatamente, porém meu neto, o Internetês, estava no msn e não há nada que o faça sair dali, nem o Sintáxico. Os tempos mudaram, filho não respeita pai e todo mundo segue a moda. Meu pai falava o mesmo de mim na minha juventude, acho é um mal inerente aos jovens essa revolução ou aversão a tudo o que é do mundo adulto.

Minha filha Grafema está de cabelos em pé com o namorico da Gíria com um Miguxês, diz ela que o rapaz é estranho, um tanto afeminado, sensível ao extremo, ao que parece usa maquiagem, o que não é cem por cento de certeza já que os cabelos vivem caindo sobre os olhos. Quando se ajunta Gíria, Miguxês, Internetês e sua turma não se entende como eles se entendem, o que faz com que Grafema perca a paciência e expulse todo mundo com um balde d'água e imponha a norma culta em tempo integral dentro de casa.

Sugeri que mandasse esses meninos pra casa da minha filha do meio, a Morfema, mas depois do divórcio é um tal de entra e sai de prefixos e sufixos que desconsiderei. O Fonema, meu genro, diz que é a idade. A esperança é a última que morre, então espero. Os jovens são o futuro, não é?

A Pontuação, minha caçula, ainda não casou, só pensa em balada! É outra com quem me preocupo, se pega uma interrogação achando que é só exclamação, eu é que vou ter que correr pra hospital, pra delegacia, pro Intituto Médico Legal.

Ai, estou velha e reclamona! Bem que o Ortográfico havia me dito. Semana que vem é o nosso aniversário de casamento, vem toda a família. O Fonema trará sua banda da época do colégio. Liberei a Pontuação para fazer a trema, mas somente durante a festa. O Substantivo preparará o cardápio, espero que não haja nada muito típico. O Adjetivo cuidará da decoração, rezemos para que a cerimônia não se transforme num carnaval. O artigo se encarregou da segurança, segundo ele não haverá lugar pra uns nesta festa. O Numeral está tratando de recrutar a Família Gramática inteira, de modo que não se esqueça ninguém. Será uma comemoração incrível! Os pronomes vão fazer uma bagunça sem tamanho, criancinhas agitadas e possessivas, não param de brigar por um espaço na hora dos discursos. Haverá os que esquecerão das preposições e conjunções depois de uma dose a mais. O verbo sabe como ele é, será o último a sair, para aquele menino, em dia de festa parece que não tem amanhã, ainda mais em companhia do seu irmão Advérbio. Mas é da interjeição que eu tenho medo, a escandalosa da família, parece líder de torcida com aquela gritaria!

Bom, há jeito pra tudo menos pra morte e já que não tem ninguém morrendo, exceto eu, vai dar tudo certo. Brincadeira, minha saúde está perfeita! Só temo pelo futuro desta Família, que possam se fazer entendidos quando eu não mais habitar este mundo. E pra encerrar quero deixar um abraço bem apertado pra você. Que os desejos contidos neste abraço possam ser repassados a cada pessoa que cruzar o seu caminho. Não se esqueça de mim, hein.


Com carinho,





Gramática.

Toma uma sopa de ortografia, por favor!


Não sou nenhuma doutora em ortografia, nem tenho intenções de criticar quem escreve errado, acredito que o mais importante é se fazer entender. Porém, acho incrível como, não são raras as vezes, em que escrevemos (principalmente no cyberespaço) sem pensar no uso e na estruturação morfológica e sintáxica das palavras. São coisas bobas, mas que denotam práticas equivocadas da gramática por pura falta de (tempo para prestar) atenção.
A sensação que tenho quando me deparo com o mais, palavra que expressa adição, no lugar de mas, que exprime uma relação adversativa, é de pesar. Chego a passar mal, tamanho é o meu desconforto. E quando leio uma frase sem concordância de número? "Existe muitas esperança". Duvido! Só se for a esperança de que eu mesma coloque esta frase no plural. "Para mim fazer" é algo que me irrita menos, mas ainda causa certo desconforto. Eu preferiria que você mesmo fizesse.
No entanto, eu entendo que a confusão se deve a um vício não só gráfico, mas também cultural da linguagem oral. É raríssimo ouvir alguém dizer "mas" sem pronunciar disfarçadamente o i antes do s. Eu mesma tenho um vício gráfico emergente da dúvida, toda vez que vou escrever mau ou mal paro, analiso e quanto mais reflito, mais fico na dúvida. Recorro às minhas anotações: mal é o oposto de bem, enquanto que mau é o contrário de bom, mas tenta guardar isso. Não consigo. Basicamente mau é a pessoa (a coisa) e mal é modo como faço algo, será que acertei? Outra que é quase pegadinha, quase porque nunca me pega, é a diferença entre essa e esta. A primeira designa a pessoa ou coisa que está próxima da pessoa a quem se fala ou aquela de que se falou em penúltimo lugar, enquanto que esta é designativo de pessoa ou coisa que está presente, ou mais próxima de quem fala; ou de pessoa ou coisa de que se falou em último lugar. Esta ou essa eu já sei de cor.
Contudo, me solidarizo com a questão de que o português não é fácil, acredito que seja uma das línguas mais racionalizadas da atualidade. Por outro lado, não precisamos assassinar o português, já que se propõem a escrever não custa nada dar uma revisada no livro de gramática e erradicar de umas vez por todas a redação do mais em vez de mas. Isso me deixa louca! Só a verificação automática da ortografia não adianta viu, ela corrige a morfologia, ou seja, uma palavra que esteja escrita errada. A sintaxe é mais por sua conta e risco!

*Se encontrar algum erro ortográfico, mil desculpas! Tentei saná-los ao máximo que me foi possível.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Se ficar o bicho pega

-Já fez a sua mala?
-Você comprou ela feita.
-Não tenho tempo pra suas piadas.
-Já fiz. Só não entendi porque tanta pressa.
-Olha, agora provavelmente você não entenda, porém mais tarde vai me agradecer. Vai ficar tudo bem.
-Mas não está tudo bem?
-Está.
-Então porque não esperamos ao menos amanhacer? Parece até que estamos fugindo.
-De madrugada é melhor tem menos trânsito. E apaga essa luz.
-Como é que eu vou enxergar onde piso?
-Dedução! Seu pai chegou, vamos. Anda, garoto!
-Já estou indo.
-Anda. Não faz barulho! Corre!
-O que esses dois aprontaram?
-O que você disse filho?
-Nada, pai.
-Graças a Deus, vamos despistar os credores.
-O que você disse mãe?
-Nada, filho.

Faz um ano e pouquinho que me mudei pra essa casa e vira e mexe o carteiro deixa uns telegramas do antigo morador. Eu aviso que não mora mais aqui, ele marca no papel e deixa o telegrama mesmo assim. Hoje eu resolvi abrir e ver do que se tratava. Ao que parece o nome da pessoa em questão vai pro serasa. Então não se mudou, fugiu?

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Provador, e fique bonita!


Tudo bem que cada um tem seu estilo, porém algumas pessoas nem fazem idéia do que seja estilo. E aí você tenta ajudar e o que recebe? Apenas um "não, muito obrigada"! Desse jeito, sem nem ao menos experimentar os modelitos. Isso que dá querer brincar de estilista de moda. Os artistas são sempre mal compreendidos!
Está bem, exagerei. Mas, é sério! Separei umas roupinhas ultradez pra substituir as vestimentas sem qualidade, sem corte, sem estilo e sem caimento para uma pessoa a qual resguardarei sua identidade. Não é porque seu irmão se veste como um menino, afinal ele é um menino, que ela também que seguir esse conceito. E tem um corpo tão bonito! Mas é mal de família, ninguém sabe se vestir naquela casa.
Pode parecer até preconceituoso meu relato, mas não é. Tem uma diferença entre se vestir mal e saber que se veste mal. Perde-se muito de um ponto a outro, contudo ganha-se muito mais quando você aprende a valorizar o que tem de bonito. Claro, que inteligência, carater e afins são importantes, mas se sentir bonito ou bonita também, reflete diretamente na confiança. Não sou a favor dos esteriótipos, mas sou contra a imutabilidade. Sempre vale a pena a tentativa de se arriscar no desconhecido, se o passeio não agradar é só voltar pra casa.

No fim, a convenci de experimentar uma blusa e pra surpresa dela, não minha porque eu já sabia, ficou demais! Do resto ela não quis nem saber, não queria dar o braço a torcer, certeza! Oh, céus!

Achados e perdidos

Já tentou caminhar com a borracha do tênis em atrito com seu calcanhar? Foi o que aconteceu comigo, o forro de tecido e espuma desgatou e aquela borracha ficou comendo meu couro, literalmente!
Esse foi um episódio à parte, quando eu estava quase chegando em casa, faltava umas três quadras, vi uma carteira no chão. Parei, abaixei e a apanhei. A abri imaginando se teria algo ali dentro, documentos, cartões, dinheiro, um número de telefone. Até esqueci a dor no calcanhar. RG, CPF, cartão de crédito, dezessete reais e vinte e cinco centavos. Voltei e fiquei olhando a carteira de motorista, a foto 3x4 estava bacana, o rapaz era bonitinho. Viajei.. voltei e pensei como eu ia devolver? Mecho mais um pouquinho e encontro um cartão de dentista, ao que parece está livre de bafo, ou não. Amanhã eu ligo e tento encontrar o indíviduo, digo que é questão de vida ou morte e terão que me ajudar.

Sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010, última caminhada da semana. Um garoto para na esquina, abaixa e pega alguma coisa no chão. Volta na direção de onde vinha gritando eufórico "Ow, achei sua carteira!". Ahhhhhh, bem que poderia ter sido eu a encontrá-la, daria uma boa história.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vai de vitrola mesmo


Essa semana fiquei sem meu precioso rádio, o único que toca cd, o fio perdeu o contato e eu fiquei sem meu culto sagrado diário: my playlist que gravo e regravo num Cd RW e escuto o dia inteiro. Tive que me contentar com a vitrola velha que não sabe fazer o cd rodar e só sintoniza apenas duas rádios locais que destesto. Porém, nem tudo é desastre, tem uma cosia que ele faz bem, toca fita cassete perfeitamente.
Lembrei da minha época de criança que eu ligava na rádio, pedia minha música e aí gravava na fitinha cassete, que raiva eu sentia quando o locutor não tocava a música toda! Desenterrei umas fitas antigas e comecei ouvir. Eu tinha um gosto bem duvidoso! Não, era só eclético! Tinha até pagode e sertanejo! Achei umas fitas com uns (trechos) programas de rap, outros das rádios locais (cada vinheta horrenda) da época, era só pra rir. Os vizinhos estranharam, com certeza!
Embora, tenha sido divertido, adorei ter meu rádinho de volta. Já até regravei uma nova playlist pra abalar as estruturas da minha casa e da dos vizinhos!

Arrumando o Guarda-roupa


Hoje fiz aquela arrumação no meu guarda-roupa. Achei várias roupas que estavam perdidas, muitas eu nem lembrava que existiam. É impressionante o absurdo de coisas que compramos e depois nem usamos. E é igualmente frustrante ver aquela calça que ficava tão sexy em você, nem passar pelo quadril! Melhor fazer a mala das inutilidades e dar pra quem possa fazer bom uso delas. Se bem que tem uma blusa lá, que eu não sei onde estava com a cabeça quando comprei. Nem mendigo vai querer!
A diferença no antes e depois do meu guarda-roupa é notável. Não tinha espaço, agora cabe até uma pessoa, além de ter ficado muito mais fácil achar uma peça de roupa. Até eu estou me sentindo mais leve: guarda-roupa limpo, quarto livre e ainda uma ação de caridade. No fim eu fiquei pensando numa coisa. Seria gozado encontrar alguém na rua usando a roupa que eu doei (vou doar, no sábado, pra igreja). A menos que estiver trajando aquela blusa pavorosa!

A saga continua
.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Muita areia


Meu relato de ontem pode ter parecido propagandista (não foi) aos olhos de alguns, contudo revela apenas uma face (não muito original) das vantagens de crescer, amadurecer e se tornar a gostosa do bairro. Se fosse só bonita tudo bem, mas não, tinha que ser gostosa. Pois sim, existe uma enorme diferença entre uma coisa e outra. Pra começar quando você é bonita olham pro seu rosto e pensam "que linda, parece uma fada", por outro lado quando se é gostosa olham pra sua bunda e só pensam em te foder (literalmente), nem que seja só na imaginação como é o caso da maioria.
Eu costumo pensar que tenho um pouco de sorte, meu intelectual começou a se desenvolver antes do físico me dando tempo pra aprender a discernir com sabedoria. O grande problema da minha "sorte" é que é díficil se livrar do patinho feio. Pois bem, todos vivem me dizendo que eu posso ter o cara que eu quiser. Verdade ou mentira? Em partes, eu raramente me interesso por caras bonitos e populares (resquício do passado? Talvez!), se houver concorrência eu pulo fora (sempre acho que não tenho chance, além do que o cara precisa se decidir), em contrapartida eu adoro seduzir mesmo quando não me interessa (ah, qual é? Todo mundo adora ser amado, adorado, idolatrado. Salve! Salve!), porém minha prática de sedução em muito pouco tem haver com o meu corpo.
À primeira vista, é claro, estão olhando pra minha bunda, mas depois de alguns minutos descobrem mais: Um cérebro, uma comediante, uma sem-vergonha muito da ajuizada, uma religiosa, uma amiga, uma crítica muito mais que sincera, etc. Se apaixonam, se forem safados (do tipo que se acham o fodão) não tem chance porque esses não estão acostumados com este tipo de olhar (muito menos com uma mulher como eu), se forem tímidos do jeito que eu gosto olham pra minha bunda e minha "fama" e saem correndo. Ou seja, eu raramente tenho o que quero. Ou sou muito cética pra achar que posso ter ou quero tão intensamente ao ponto de assustar qualquer pretendente com algum potencial.
Sei lá, também, porque estou me revelando dessa maneira. Acho que é frustração de um caso recente que se soma às pessoas e coisas que tenho revisto. Eu sempre gostei de escrever, mas me era extremamente difícil quando precisava descrever a respeito de mim, das minhas neuras e mesmo das alegrias. Tenho me surpreendido com o que tenho escrito, com o que penso. Quase acredito que sou gostosa! Aahuahauhuh. Pelo menos é o que dizem, e hora ou outra, acabo acreditando. Em suma, não sei se tudo isso é tão legal! Você ganha prestígio, mas ninguém é capaz de dar conta! Salvo aqueles que acham que podem! Coitados, não podem.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O dia passa, horas se estendem...

A época da escola não é das mais fáceis, principalmente se você é da minha época (como se eu fosse muito velha) em que as turmas eram divididas entre populares lindos de morrer e os nerds horrorosos gordos e espinhentos (acho que isso nem mudou). Apesar de transitar entre um lado e outro, eu era gorda e nerd (na verdade eu não era nerd, eu nem estudava, só usava o raciocínio, carambolas!). Eu só tinha passe livre porque era desinibida (quando criança eu não era, mas quando fiquei aborrecente... nem Jesus!) e meio marrenta (rolou até um boato de que eu era lésbica), os meninos gostavam, só de conversar, é claro (sobretudo nas aulas de educação sexual em que eu era a porta-voz das perguntas masculinas)! Nenhum deles queria ser visto comigo, pegava mal pra reputação.
O tempo passou, a escola acabou e aí que fica engraçado. Cresci, amadureci, emagreci, fiz faculdade e cada dia que passa só fico mais gata e mais inteligente e aquele cara super popular, da época da escola que todas as garotas, das igualmente populares às mais retardadas, "pagavam pau" está gordo num emprego de quinta com uma garota pavorosa. Tudo que posso fazer é olhar e lamentar minha tamanha inocência e ignorância diante do que as coisas são e do que significa o tempo em relação a essas coisas.
É engraçado porque você vê que mudou pra melhor e que isso é digno de admiração, inclusive do ex-gatinho que eu era afim na época do colégio. Ao mesmo você aprende que não é tão fácil ser popular, as pessoas esperam coisas, e por outro lado, nós esperamos agradar. A popularidade é uma faca de dois gumes, se você quer agradar a gregos e troianos será serrado ao meio. Por isso, tomo muito cuidado. É viciante! Quando vejo que estou me achando a última bolacha do pacote, me olho no espelho, deixo o físico de lado e exploro minhas imperfeições. Não como tentativa de auto-destruição, mas de reconhecer a minha pequenez. O que se torna mais um atrativo digno de admiração: clareza e humildade. Viu como é complicado, eu sou demais! Tá, não fui nada humilde agora, mas é isso aí!

*O nerd de hoje é o cara lindo de amanhã!
*As imagens da personagem Mônica são meramente ilustrativas (achei que combinava), todo texto é baseados fatos reais, meus fatos! Qualquer semelhança é mera coincidência.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Eu não te cumprimentei porque...


Tem coisa mais irritante que esbarrar com uma pessoa na rua e esse mesmo ser fingir que não te viu ou não te conhece? Eu sempre fico com cara de tacho! Por outro lado, eu entendo porque eu também não sou tão "cumprimentadora" das pessoas assim.
Eu sou muito distraída e raramente vejo as pessoas. Quando estou andando na rua, sobretudo se estiver sozinha, estou sempre olhando pra dentro de mim mesma, pensando e discutindo sobre minhas idiotices diárias ou permanentes comigo mesma (não são raras às vezes em que me pegam falando sozinha e me olham com aquela cara de "Por que você ainda não está no hospício?"). Aquele conhecido acaba passando despercebido, se for uma amizade muito recente pior ainda, porque até eu guardar a fisionomia e os trejeitos leva tempo.
Outra razão que pode justificar este aparente descaso é que a distração me leva à dúvidas. Em certas ocasiões até deu tempo de avistar a outra pessoa, mas como estou em movimento continuo andando e ao mesmo tempo fico tentando assimilar se era a pessoa ou não. Quase nunca dá tempo de pensar rápido: voltar, acenar e dizer "oi, tudo bem?". Mesmo porque eu sempre acho que vi coisa, ou melhor que não era quem eu pensava que fosse (Só que, claro, que era e eu acabo ficando com fama de metida!).
E o terceiro argumento é quando avisto aquela pessoa que há tempos não via, mesmo com as mudanças físicas notórias a reconheço, mas fico sem saber se ela vai me responder ou não (Já aconteceu de eu dizer "oi" e a pessoa me deixar no vácuo). Aí fico olhando meio sem olhar e quando chega perto a pessoa passa reto. Ou fui eu? Eu não sei.
Por isso tudo é que julgar não é uma boa e quando acho que não devo eu não cumprimento mesmo. Já aviso todo mundo que não adianta só me ver, nem fazer psiu. Me viu, já me grita pelo nome, que eu também não ficar dando sopa pra qualquer um. Só tome cuidado pra não me assustar que eu grito (já aconteceu um bafão assim)!

Sempre há a recompensa


Ontem, domingo de manhã, o horário de verão se findou e ganhamos mais uma hora de sono, certo? Errado! Acordei às 5 da matina e dessa hora em diante só cochilava e acordava de 20 em 20 munitos. Às 9 da manhã havia um compromisso marcado, meu primeiro dia como catequista de jovens (crisma), talvez fosse ansiedade (ou não). Aí, já vi tudo, ia levantar que nem uma morta-viva, ficar de mau-humor e de quebra iam me achar uma chata. Olha só: errei! Levantei tomei um banho e estava mais alegre do que nunca, super disposta. Depois do encontro catequético me sentia feliz, aquela sensação de missão cumprida com satisfação, ao que parece foram com a minha cara e consegui realizar tudo o que me propus.
Quase meio-dia e quem teve que fazer o almoço? Euzinha, Oh My Good! A costela estava adiantada era só por no forno uns 30 minutos, coloquei a àgua pra ferver para o espaguetti e mandei ver num molho branco com queijo mussarela, ficou sublime! Nem senti aquela raiva por chegar em casa e não ter comidinha de mamãe. Modestia à parte, meu macarrão é melhor que o dela! Aahuahauah. É que ela não sabe o que é al dente!
Depois que todos almoçaram, claro que minha mãe teve que inventar um programinha de índio. Uns dos programas que mais odeio: andar no shopping à toa. Fui só pra não contrariar, prevendo as possíveis intenções dela que certamente envolviam um encontro "casual" com um "amigo" meu que trabalha num stand de lá (e que ela adoraria que fosse meu namorado, eca! E que por isso mesmo eu cortei relações pra não haverem maus entendidos). Manipuladores à parte (ou seja, minha mãe e o dito cujo), eu fui rezando pra chegar em casa sã e salva. Fomos sem nenhum tostão esperando sacar dinheiro no caixa eletrônico do shopping e o dito cujo estava sem comunicação, eu me controlei ao máximo pra não reclamar. Terminando o passeio no shopping (que é enorme, só tem dois corredores divididos pela praça de alimentação) eu agradeci aos céus por não ver quem eu não queria, por essa tortura de andar pelas lojas sem comprar nada. Tínhamos que ir ao banheiro ou melhor minha mãe, eu e minha irmã entramos numa loja e passa o tempo, cadê a véia? Vai nóis prucurar! Estava ela lá, no caixa eletrônico, teimando. Vamos embora pelo amor de Deus! Preces atendidas, saimos do shopping e caminhamos até o banco que é bem perto. Sacamos o dinheiro e entramos numa sorveteria também próxima. Jesus, Maria e José! O melhor sorvete de flocos que eu já comi, com pedaços enormes de chocolate! Queria mais um.
18 horas e como não poderia ser, mas é: não dava mais tempo de de chegar em casa, se arrumar e ir na missa. Ainda tinha a recém chegada ao mundo, filha da minha prima, pra visitar. Eu já estava tão cansada... Mas que coisinha mais feia! Recém nascido é tudo igual, carinha de joelho, pequeno e frágil. Porém, quando você pega no colo algo acontece e você fica achando lindo!
Terminei o dia visitando a minha outra prima, aquela que teve Transtorno Afetivo Bipolar, mas claro ela já estava sedada e devidamente repousada em seu leito. Só nos restou fofocar e passar a limpo algumas confusões com a minha tia, enquanto meu primo ficava mudo diante do computador!
Contudo, no lugar de maximizar as desventuras e chatices da vida é mais vantajoso dar espaço as pequenas recompesas do dia-a-dia, a conquista de novas amizades, um almoço gostoso, a união da família, um belo sorvete, a troca de idéias, um encontro com o milagre da vida, etc. Porque são as pequenas coisas que nos tornam grandes.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Perdi a mão

Poxa, já é a terceira vez que faço o Bolo de Fubá Cremoso (aquele que fica o queijo molinho no meio) e dá errado! Segui à risca toda a receita, mas não vingou. Até que dá pra engolir, mas dá raiva, ainda mais se tratando de uma receita que já fiz tantas vezes e com perfeição. Sei lá, acho perdi a mão!
Como a esperança é a última que morre e sou brasileira (não desisto nunca!) vou tentar mais uma vez, só que no mês que vem, porque tem que dar uma trégua entre um doce e o mesmo doce. Daí se não der certo, deixa quieto! Porque haja ingredientes! Sem contar que o povo aqui de casa é enjoado, eu sou a primeira, ahuahauahuh! Não prestou vai pro lixo.

Era pra ter ficado assim!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Como se segura isso?

Esta aí uma coisa que eu não sei segurar. Toda vez que eu pego cai pra um lado, cai pro outro. Isso quando a proteção não resolve subir pra cima, aí já viu o desespero. Não sei se seguro firme demais ou se falta pulso, só sei que comigo o trem não não fica de pé. Ou seja, eu sempre fico toda molhada!
Até que arranjei uma solução, resolvi pegar um que fosse maior e mais resistente. Claro, como não poderia ser? Eu não dou conta, dá pra dividir com umas três pessoas, é muito grande e muito pesado.
Esses é um dos motivos porque eu não gosto quando chove. O raio do guarda-chuva definitivamente não vai com a minha cara. Hoje eu encarei o guarda-chuvão por que não teve outro jeito, meu braço está todo dolorido. É praticamente uma musculação!

Será que esse é mais fácil?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O dia em que perdi a vergonha de vez



Como é bom perder a vergonha! Se bem que eu sempre digo que sou sem-vergonha, mas graças à Deus tenho muito juízo! Mas hoje perdi a vergonha de vez mesmo! No começo eu fiquei ansiosa (lembro da primeira vez, meu corpo todo tremia), mas tão logo posicionei o instrumento em questão a frente da minha boca e já fui me acalmando. Quando abri a boca, já me sentia preparada. Quando estava quase no meio da tarefa, engasguei. Ao terminar, olhei em volta e vi alguns me olharem com ar de aprovação. Mal podia esperar a próxima vez, estava com aquele gostinho de quero mais, sabe? Fiquei feliz, deixei o microfone e meu comentário em cima do púlbito e aguardei a minha vez de falar de novo diante do povão.

Meus sonhos são sempre loucos

Hoje é um daqueles dias em que acordei pensando "Por que eu não tenho sonhos normais?". Meus sonhos são sempre loucos e complexos. Já sonhei de tudo um pouco, drama, ação, suspense, comédia, romance, terror, sobrenatural etc. Segue alguns exemplos:
  • Já sonhei que chegava num reino distante e imediatamente, ao pé de uma escadaria imensa, era nomeada rei. Imagine só, não era nem rainha, era rei.
  • Outra vez sonhei que era uma agente secreta (tipo 007) e no dia da minha formatura o prédio da festa foi invadido por terroristas. Deslizei nos cabos do elevador, usei armas com óculos de visão noturna pra no fim do sonho descobrir que era tudo uma farsa. Apenas estavam me despitando, para me surpreenderem com a chegada de um amigo muito querido.
  • Acho que todo mundo já sonhou que estava sendo perseguido e não conseguia gritar. No meu caso eram morcegos e a voz não saia de jeito maneira. Outro que quase todos sonham é que está voando, esse é o melhor! Meio esquisito no começo, porém uma sensação única.
  • Em outro eu andava pra cima e pra baixo com um boneco-robô que eu acreditava ser um outro amigo meu, ninguém tinha coragem de me contar que não era ele de verdade. Até que ele caiu do carro e eu chamava e ele não vinha, um carro passou por cima e eu fiquei arrasada.
  • Sonho muito com explosões devido a vazamento de gás, por isso, vira e mexe lá estou verificando se está tudo em ordem. Num desses sonhos se passava no meu bairro onde nascia um vulcão praticamente em erupção, na esquina de casa. E em todos os sonhos em que acontece uma explosão, eu sou lançada pra longe e acordo com um cisco em meus olhos.
  • Já representei até mesmo em novelas, só no sonho né.
  • E quando eu saio de casa nua ou descalça? Nos sonhos, claro. Só pra não deixar dúvida.
  • Claro, já tive sonhos eróticos, muitos. Mas esses eu não vou contar. São os mais absurdos. Prefiro evitar a censura, me censurando antes!
O sonho de hoje foi igualmente maluco. Sonhei com meu ex (Oh Jesus, liberta!), tinham dois deles (não eram gêmeos o que me deixou assustadíssima), um estava comigo e outro eu queria também. Depois o que estava comigo saiu com os amigos e começou a chamar uma tal de Sabrina e eu acordei com um puta de um ciúme (perdoe o palavrão), parecia até que a menina existia e que o sonho era realidade. Esses sonhos que podemos sentir física e emocionalmente são os mais loucos. Eu nunca sonho, por exemplo, que levantei e escovei os dentes (ah, sonho muito que meus dentes estão caindo, se esfarelando dentro da boca), coisas normais do dia-a-dia. Que mente louca, que mente insana! Mas até que é divertido! Dizem que os sonhos tem significado, melhor não se ater a isso! Ahauhauh.

Clique na imagem e confira os versos que originaram este sonho terrível.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Um poema da infância

Por mais incrível que possa pareça nunca fui muito fã de poemas, antes que contra-argumentem com o blog MiReabilite sempre fui muito amiga das rimas. Não é à toa que o rap é minha maior inspiração, quase tudo o que posto lá segue este ritmo mais do que contudente das vielas e guetos. Porém, quando criança eu li um poema no meu livro didático (que eu lia quase sempre ao longo do ano letivo e que mais tarde integraria um dos episódios da série Castelo RáTimBum), deveria de ser português ou leitura e interpretação de textos, que ficou na minha memória. Simples, porém acertivo, dialético, reflexivo! Eis que o transcrevo:

Ou isto ou aquilo

Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Os ecológicos que me desculpem

Os politicamente ecológicos que me perdoem, porque eu já me perdoei, pelo banho de quarenta minutos que tomei ontem. Mas tentem me compreender com calor absurdo que está fazendo (com máximas que ultrapassam 30ºC) + um cochilo no mormaço. Pressentiu? Acordei daquele jeito, toda ensopada da ponta dos cabelos até o dedão do pé. Depois de mais de 6 meses tomando banhos de 5 minutos (exceto quando lavo os cabelos, porque pra domar tudo isso é só debaixo d'água) achei justo me dar ao luxo de entrar debaixo do chuveiro e curtir aquela água geladinha (coisa que mais detesto, mas com esse calor "tava delícia"!) escorrendo pelo meu corpo, me deixando fresquinha (mais do que já sou, é verdade!).
Foi relaxante! Há muito que eu não fazia isso. Comecei a maneirar meu tempo debaixo do chuveiro, quando começaram as campanhas de economia de água e energia elétrica, esse ano que consegui regular e manter um tempo máximo que é o mínimo. Claro que o cansaço das caminhadas e o atraso para os meus comprimissos ajudaram a estabelcer esse tempo min-máx. Acaba que você vê que quanto menos tempo, mais você se dedica à sua limpeza corporal e melhores são os resultados. Ontem, tá bom, hoje também (só que hoje foi só 25minutos) foi apenas uma recaída. Eu precisava relaxar e junto com uma musiquinha foi um prato cheio!


Banho é bom, banho é bom, banho é muito bom.
Agora acabou!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O que os olhos vêem a alma fica doente

Caraca! Será que eu vi mesmo o que penso que vi?
Domingo, fui à missa (cheguei atrasada, mas fui), quando vinha voltando acho que diabo apareceu no meu caminho. Vai de retro satanás! Estou brincando, mas foi sério. Um bêbado vinha cambaleante em minha direção e eu juro por Deus (melhor não jurar que é pecado) ele estava com as partes íntimas na mão. Ia andando e balançando o trem. Eu não sei se foi coisa da minha cabeça, porque eu não quis ficar encarando, né. Apertei o passo e fui embora e graças à Deus ele também. Melhor pensar que vi coisa!


Se beber feche bem o zíper da calça!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Peixe é carne branca, mas peixinho não.

Quem diria que esperar na fila do açougue possa contribuir para seu crescimento cultural? Eu digo: "Esperar na fila do açougue pode ser cultural!".
Hoje fui às compras das despensas da casa com meu pai e aprendi várias coisas na fila do açougue. Como por exemplo, que a pururuca ou torresmo é feita de pele de porco, sempre achei que tinha algo a ver com as galinhas. Que peixe é carne branca, mas o peixinho não, este é um dos cortes localizado na parte dianteira do boi, portanto carne vermelha ótima para cozidos e asados, dizem.
O boi está cheio de outros bichos, o peixinho que eu já comentei, o cupim, o patinho, o lagarto. Tem até a fraldinha do bezerro, ponta de agulha pra furar nossa língua e a paleta de cores do pintor. Tem tudo de tudo! O músculo só da perna, o peito é praticamente o pescoço. Os caras aproveitam tudo até o pé ou pata que dá um caldinho de mocotó, hummm! Mas examinando tudo isso fiquei com uma dúvida, vaca leiteira vai pro açougue? Se for, que a maminha não seja as tetas, mas de alcatra como diz a minha fonte.
Pra provar que tem de tudo mesmo, tem até divisão de classes, uma parte se achando mais que a outra. A alcatra, chã de dentro, contra filé, maminha da alcatra, patinho e a esnobe filé Mignon formam o clã das carnes de primeira. O restante se divide em segundo e terceiro mundo.
Contudo, vamos parar de conversa e partir pro churrasco!?

Tabela completa (nota-se que algumas partes tem até apelido):
1 - Pescoço 2 - Acém 3 - Peito



4 - Paleta, Braço ou Pá
5 - Fraldinha 6 - Filé mignon



7 - Bisteca ou Chuleta
8 - Contra Filé 9 - Músculo



10 - Ponta de agulha 11 - Maminha 12 - Coxão mole ou chã de fora



13 - Lagarto ou Tatu
14 - Patinho 15 - Costela, Pandorga ou Assado



16 - Alcatra (+Picanha) 17 - Capa de filé 18 - Coxão duro ou Chã de dentro



19 - Cupim 20 - Aba do Filé 21- Peixinho ou Coió (fica no braço)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Quem cospe pra cima cai na testa

E não é que tirei a prova real deste ditado!
Sai no portão de casa e uma visão do paraíso se materializou na minha frente. Jesus! Não bota o nome de Deus nessas coisas! Mas faz parte da vida! Então, Jesus me belisca! Mais ou menos 1,75 de altura, não sou lá muito boas de medidas, mas o peso estava muito bem distribuido em músculos e gordura nos lugares certos (se é que tinha), regata cinza bem justa ao corpo e um calção daqueles de jogar futebol, e claro tênis. Que garoto lindo! Ou se dirigia à academia ou ia mesmo jogar futebol, em todo caso são duas coisa que eu adoro e adoraria vê-lo praticar também. Até aí onde está a surpresa?
Amigos do meu Brasil Varonil, eu conheço ele. Aí você me diz, então está em casa, tá na mira. Não, não está. Ele cursou o pré da escolinha infantil junto comigo e como não poderia ser diferente eu o detestava, porque ele me diminuia, não sei se era sempre, mas lembro-me de um caso em especial. Todos nós alunos confeccionamos espadas, tipo esgrima, com jornal e a minha ficou da grossura de um canhão. Tá, a dele estava incrível, mas não contente zoou a minha o tempo todo, até na hora da saída... até eu virar a esquina pra seguirmos caminhos separados.


Águas passadas? Sim.
Até que anos depois fizemos parte do mesmo grupo de crismandos (preparação do sacramento, católico, da Crisma). Eu o achava extremamente falso e metido. Sabe aqueles que querem ser amigões de todo mundo, simpáticos ao extremo? Era ele. Talvez inconscientemente eu lembrasse daquele menino que zoou minha espada, ou talvez eu tivesse razão. Fato é que eu não ia com a cara do sujeito, mas o aturava em nome do bom convívio. Águas passadas? Sim. Mas nem por isso eu o cumprimentava fora dali, aliás eu nunca o via fora daquele ambiente. Tanto era que dois anos depois ele entrou na mesma faculdade que eu (e em minhas caminhadas sempre o vejo ao pé do portão da casa dele) e nem olhavámos um na cara do outro. Se eu olhasse talvez saísse um oi, mas eu nunca quis papo.
E agora, vejam só, cá eu estou encantada com este mesmo ser do prézinho. Depois de tanto tempo sem me interessar por alguém, tinha que ser justo ele? Eu nem sei se ele está disponível, se está na pista. Não sei o que fazer, já vi ele uma vez depois desse dia iluminado, não sei começo a cumprimentar ou o quê. De repente, ele vai achar que sou doida. E na maioria das vezes que o vejo ele está com uma renca de garotos, se me acharem fáciona, oferecida ou doida?! Sei lá. Sei lá se faço algo ou se esqueço! Oh vida, oh azar!

Avós, só mudam de nome e endereço!


Sorte aquele que tem uma avó. Sorte maior aquele que tem uma igual a minha, ou já teve em algum tempo. Se bem que igual não tem, então sorte só minha, auahauahuh.
Fui na casa dela hoje (estou indo dia sim, dia não) para ajudá-la, com a faxina sagrada da sexta-feira (só na casa dela por que na minha os bichos estão andando!) já que pela sua idade e a recente (nem tanto) cirurgia no joelho, ela se cansa muito rápido e não pode pegar peso ou fazer certos movimentos. Mas sabe como é vó, né. Não deixou eu fazer muita coisa. Toda hora vinha querer terminar o que eu estava fazendo, até eu resolver expulsá-la das tarefas, também porque eu prefiro (não é que gosto, eu prefiro) fazer tudo sozinha.
Liguei o som (já estava ligado desde quando cheguei) e mandei ver, juntei várias tralhas que velho adora guardar e joguei fora, guardei todos os produtos que sempre estão jogados e joguei fora as embalagens que estavam guardadas sem conteúdo algum. Ficou tudo brilhando, embora não ficado totalmente do meu agrado. A lixarada ficou a espera de alguém para o por pra fora, tomara que não seja minha vó, se não ela pega e guarda tudo de novo!
E como toda avó que se preze, não sai de lá mãos abanando como pretendia. Meu plano era sair de lá e já engatar uma caminhada, mas essas avós adoram ver seus netos todos gordos, como se fosse sinal de saúde (nem sempre é). Comi bolo de cenoura com suco de acerola direto do pé até não caber mais e ainda trouxe pra casa! Essas vovós são todas (será?) iguais, só mudam de nome e endereço, mas se a minha mudar quero ser a primeira a anotar o novo remetente.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Neguinho tem que tentar

Um amigo meu, me disse que homem é assim mesmo, atira pra todos os lados até alguma sereia cair na sua rede. Não vejo nada de mau em tentar, contudo certas tentativas são desconcertantes e até desastrosas.

A regra é mirar em algo que o alvo se identifique durante o flerte, portanto não raro é destacarem atributos físicos. Vejam só eu: mulata, alta, olhos puxados, bocão, bunda grande e cintura fina. Os respectivos adjetivos utilizados pela maioria masculina são por vezes óbvios e/ou totalmente sem noção. Quem nunca escutou um "gostosa!" ou um "ê lá em casa!" ou mesmo essas cantadas prontas do tipo "Se a mulher é maravilha, você é uma maravilha de mulher". Daquilo que pode subtrair como desconcertante para o próprio flertante é me chamarem de Globeleza (até sambo, mas não fico pelada), atleta (não tem esporte em que me salvo), Japonesa(até aí tudo bem), Sabrina Sato (aff... nada ver, já apela pra celebridade, ninguém quer ser comparado), Beyoncé (só por causa do penteado que faço às vezes) até de Michelle Obama já tentaram me atacar. Claro que inteligência e criatividade não é um forte dos homens, principalmente na hora do flerte, mas tem coisa só rindo. E pior do que tudo isso é inventar história, aí só ignorando mesmo!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

É melhor não meter a colher

Nas minhas caminhadas só me deparo com situações surreais, uma briga de casal, dessa vez foi sério, ao berros e de baixo nível:
-Sai pra lá, Seu Cachorro!
-Não banque a Cadela díficil comigo, boneca!
-Acha que me envolvo com qualquer um?
-Vire esse traseiro magrelo aqui pra mim, Cachorrona! Levanta esse rabo.
-Sai fora ou eu...
-Vai fazer o que? Me morder? Vai com tudo que eu adoro um hardcore!
-Socorro! Tire essas patas imundas de cima de mim!
-Sua **** , deu pra todo mundo e vai regular comigo?
-Todo mundo quem?
-Não avança em cima de mim não. Ainda pouquinho você estava lá no terreno baldio com o Tó, sem contar o Abul, hoje de manhã. Ontem foi o Bastião, o Badoo, o Gaspar e o Dino.
-Você anda me seguindo? Então deveria saber que só fico com o alto escalão.
-A Cadela de rua acha que tem nível? Se enxerga!
-Se enxerga você!
-Tudo bem, não vai dar? Beleza! Você está acabada. Está queimada nessa cidade! Todo mundo vai saber o quão sarnenta você é!
-Bem que você quis a sarnenta aqui. Sai fora vira-lata! Vai!



O cãozinho vira-lata saiu andando, ainda rosnando, e a cadela sarnenta deu no pé se achando a Princesa Canina das ruas.

*O que estou lendo: REICH, Wilhelm. A Revolução Sexual. 8ª Edição. Rio De Janeiro: Zahar Editores, 1982.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Aula de etiqueta (Postura e andar)

  1. Levante a cabeça.
  2. Deixe o pescoço bem alongado.
  3. Olhar fixo no horizonte.
  4. Coluna ereta.
  5. Peito Estufado.
  6. Barriga pra dentro.
  7. Respiração pulmonar leve e pausada, nada de soltar o ar pela boca.
  8. E pra completar um semi-sorriso.
Essas são as regras essenciais de postura, ao caminhar você deve mantê-las. Não se esqueça de levantar alternadamente as patinhas de modo gracioso, assim como, uma bailarina de balé clássico. Nunca olhe pro chão! Fixe o horizonte. Isso, muito bem! Merece até um fardo de feno! Peito estufado e barriga pra dentro, já disse! Seja cordial, não é pra se parecer com um jumento! É um semi-sorriso, sem mostrar muito os dentes.
Formatura:
...Foi um trabalho árduo, mas tenho certeza que formamos uma raça puro sangue de forma integral, dignos da realeza. Muitos já fazem parte da suprema corte de rainhas e reis, outros desfilarão exulberantes nas forças militares, só não terá sucesso aquele que não quiser, pois...

-Os outros tentam me diminuir porque sou Puro Sangue, mas eu sei que independente de qualquer coisa preciso manter a elegância. Mesmo que minhas costas travem pra sempre, como diriam Madame Estrela mesmo que as patinhas criem calos, é o que sou! Fixe o horizonte e avante!



Lá vou eu caminhando, como todos os dias, e eis que vejo um cavalo (como são horríveis) todo imponente trotando a frente de uma carroça velha cheia de tranqueira. Pela postura se vê que teve aulas de boas maneiras. Deve comer até de garfo e faca!




*O cavalo era um pouquinho mais empinado que esse!

Vivendo sem as mãos... (de antes)

Nunca lhe disseram que mexer com facas é perigoso? Você pode cortar o dedo, quebrar as unhas (oh frescura!), até mesmo decepar um ou todos o dedos. Como aconteceu, parte de seus membros superiores estão totalmente descaracterizados. Ou melhor dizendo sua mão não é mais sua. Mas como você pôde?
Sei lá onde eu estava com a cabeça. Não achei que fosse ser assim. Quando aconteceu de fato eu não senti muito, mas agora é tão... estranho! É difícil acostumar. Eu olho achando que vou encontrá-las e estranho muito a diferença. Realmente não me pertendem mais, deceparam-na e colocaram outra no lugar. Por lado é bom tentar coisas diferentes e não ficou tão ruim. Só saimos da moda do vermelho (depois de 5 anos) e encaramos um verde esquisito. Até ficou bonito!


*Risqué Niasi (New York): Show

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Companheiras e companheiros, pedagogos e interessados,


Não quero bancar a hipócrita que joga a culpa (de tudo) no governo, mas depois da prova (Concurso de Sumaré) que fiz (ou melhor resolvi, porque ela já veio pronta) hoje, uma idéia que já me martirizava acaba de pedir pra sair. Que provinha mais chulé! Mal redigida, enunciados com inúmeros erros de português, impressa numa folha sulfite qualquer, perguntas sem o menor senso de preocupação com a qualificação do professor, embora eu acredite que uma prova não ateste competência.
Por outro lado, já que vai classificar todo mundo, já que vai terceirizar a confeccção da prova, invista numa avaliação que cumpra com seu objetivo, que segundo os documentos da própria Secretária de Educação é pesquisar o que os professores (ou alunos) sabem. Claro que o documento completa dizendo que a avaliação é processual, não classificatória e é apenas para fins de re-construção e elaboração da metodologia de ensino-aprendizagem de modo que garanta desafios a serem superados e blá blá blá aquela conversa mole que todos sabemos, mas ninguém vê acontecer. Mas damos essa colher de chá pro cês!
Contudo pela apresentação da prova, bem como pelas perguntas transcritas nota-se o grau de preocupação com a educação de nosso município, região, Estado, País. Que tal convocar alguém de renome para ler essa prova antes, porque eu teria vergonha de apresentar algo tão pavaoroso. Termino salientando que gabaritar uma prova como essa ou qualquer outra com fins classificatórios não garante qualidade de ensino. Por isso meu povo, ou melhor, governantes queridos vamos melhorar o negócio, mudar esse sistema aí, nem que seja preciso liberar algum a mais? É só por menos dinheiro no bolso!

*Ainda assim, tomara que eu passe!
*Não estou acusando ninguém, que fique claro.
*Acho que é, por isso, que não deixaram trazermos o caderno de questões pra casa! Vergonha!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Se amar não é pecado

Se eu pudesse casava com você (mas legalmente é impossível). Você é incrível! Maravilhosa! Tudo o que se propõe faz muito bem feito. Sabe ser prendada (porque quando não quer nem adianta). Cozinha maravilhosamente bem e namora melhor ainda. Sinceridade é contigo mesmo, fala tudo e até demais, mas é pro bem geral da nação. É inteligente, porém é mais esperta. É decidida. É linda! É gostosa, pronto falei. É generosa, às vezes. É compreensiva e tem flexibilidade o bastante para lidar com o destempero de alguns. É calma, que dá até sono, mas eu diria que você é otimista, vê o lado bom em tudo, e portanto, não há motivo para desespero. Ah, é engraçada também, como eu ia esquecer disso, esse é um dos motivos pelo qual me apaixonei por você.
Onde você chega encanta as pessoas, principalmente a rapaziada não sei se porque você é linda (ou gostosa), ou porque é engraçada, ou porque adora papo de homem (em certas ocasiões até age como um), ou porque é linda (ou gostosa). Confesso que tem dia que quero mutilar uns por aí!
Mas é isso. Tudo o que digo não é só o que vejo no espelho, mas também o que sinto, o que percebo. Eu me amo e isso não é pecado!


Vai se olhar no espelho que eu espero!





O que eu preciso já está em mim.

É tão bom quando você vê uma das suas maiores obsessões, sem fundamento, deixarem de ter o significado da sua existência ou do seu futuro. Descobrir que a felicidade não está nas outras pessoas. A minha felicidade só está em mim mesmo. Eu decido se fico triste num canto, me lamentando e tentando descobrir porque, ou se levanto e dou uma rasteira nos problemas (que não existem, eu os criei).


Sempre há dúvidas. Será que estou bem ou tento me de convencer disso? Em todo caso é válido. E só por pensar assim já mereço um troféu de sanidade. Auto-flagelo é algo que não devemos nos impor. Recomeçar é difícil, mas tomar essa decisão já é meio caminho andado.
Próximo passo: O que eu mereço? O quão distante estou daquilo que mereço?
Passo seguinte: Libertar a minha felicidade.

*Puts que trabalhão pra escrever obsessão!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Num impulso a matei


Eu confesso. Fui eu. Mas só fiz isso porque ela me irritou muito. Eu estava no limite do meu estresse. Acordei às 3:30 da matina com o telefone tocando, minha prima com problemas e por conseguinte sua família. Não dormi mais. E quando não durmo é complicado, fico irritada. Mas admito fui eu, assumo a responsabilidade do que fiz.
Eu estava na minha. Eram 14:30 e eu terminava meu almoço. A cabeça sonza de sono, cansaço e fome e ela veio me rodeando e pertubando. Zumbindo no meu ouvido que nem besta. Eu falei pra ela parar, só que ela não me ouviu. Aí passou essa idéia pela minha cabeça e parecia a solução dos meus problemas, achei o máximo! Nem pensei de novo, só agi.
Quando a vi, ali, agonizando com as pernas trêmulas, bateu o arrependimento. Nem eu mesma acreditei! Ela finalmente parou de respirar e tudo o que me restou a fazer foi a chacoalhar a toalha da mesa. Que a mosquinha durma em paz no céu dos mosquitos! Amém.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pinga ni mim.


Ô nessa casa tem goteira. Pinga ni mim. Pinga ni mim. Pinga ni mim.
Com tanta chuva, não há casa que resista. Já está chovendo dentro de casa. E não só na minha, pelo menos os vizinhos todos tem comentado que em suas respectivas casas a situação é a mesma. Teve até uma que ao seguir o marido telhado acima para averiguar a cobertura caiu da escada e está de cama. Melhoras pra ela!
Minha irmã, coitada! Foi sorteada com uma goteira bem em cima da cama dela. Quando resolve chover só à noite, só dá ela empurrando a cama para fora do alcance da goteira. Meus pais também tem uma goteirinha no quarto que cai bem em cima do criado-mudo.
Essa semana apareceu uma goteira num cômodo novo. A cozinha. Bem em cima da mesa, do lado da luz. Chuva interna com energia elétrica! Uai, tem chuva com sol!
Por enquanto estou numa boa. Tive minha cota de goteira logo quando me mudei pra essa casa. Acho que minha vez já foi! Tomara!
Ô nessa casa tem goteira, pinga ni mim, pinga ni mim, pinga ni mim.

Assédio, o que fazer?

Quero registrar minha indignação e minha ignorância acerca do assunto em questão.
Lá vai eu com ares de dona-de-casa pro sacolão do supermercado. Estou bem sossegada, escolhendo minhas frutas, legumes e verduras, quando um ser, também cliente do supermercado, passa por mim e murmura alguma coisa. Fingi que não ouvi e não tinha mesmo. Continuei com minhas compras e quando paro na banca da beterraba vi o sujeito novamente, mas não o reconheci de imediato. Ainda por cima fui pegar a sacolinha bem onde ele estava, deu licença, mas não saiu dali. Dessa vez ele só fica olhando. Quando a mulher que estava por perto sai, esse sujeito diz algo que fez com que eu me sentisse violada. Tudo o que consegui fazer, foi sair dali o mais rápido possível. Não sei se isso pode ser classificado como assédio, creio que sim. Em todo caso vou pesquisar a respeito quanto a quais são minhas opções diante de uma falta de respeito tão grande como essa.
Não entendo qual é o prazer que alguns homens tem de dizer obscenidades para uma mulher estranha. É repulsivo! Sobretudo se são homens velhos, já deveriam saber que essa não é uma atitude madura, muito menos de um homem. Mulher gosta de elogio, mas principalmente de respeito.



*O que estou lendo: SOUZA, Laé de. Coisas Homem & Coisas de Mulher, Crônicas- São Paulo-SP. Editora Ecoarte, 2009.

Dê uma folga para Deus


Você já agradeceu hoje? Independente da sua fé ou da falta dela, você já agradeceu hoje?
Não importa se você acordou atrasado para o trabalho. (Ai, meu Jesus!)
Não importa se o leite do café da manhã ferveu e derramou-se no fogão. (Que porcaria, Senhor me ajuda!)
Não importa se você manchou aquela sua roupa favorita. (Oh, Jesus não vai colaborar?)
Não importa se o trânsito estava parado. (Dá pra abrir o mar vermelho?)
Não importa se você esqueceu de pôr o lixo pra fora. (Minha Nossa Senhora!)
Não importa se o seu chefe gritou com você. (Por que, Meu Deus?)
Não importa se teve que refazer todo seu trabalho. (Eu não mereço isso, Deus Meu.)
Não importa se não encontrou aquele prato (refeição) que você adora. (Ah, uma mulplicaçãozinha não faria mal)
Não importa se queimou a língua com a comida quente. (Ai, Meu Deus!)
Não importa se depois do almoço seu trabalho triplicou e você ficou estressado. (Porque, Senhor?)
Não importa se um "colega" de trabalho te passou a perna. (Castigue a ela e não a mim)
Não importa se ao chegar em casa, pra um belo banho, o banheiro estar ocupado. (Pelo amor de Deus sai desse banheiro.)
Não importa se após molhar o cabelo você constatar que o seu shampoo acabou. (Jesus Cristo quem mexeu no meu shampoo!)
Não importa se teve que comer um miojo no lugar de uma bela comidinha caseira. (Um milagre?)
Não importa se ao ligar a televisão, depois de 5 minutos de seu programa predileto a energia faltar e voltar só depois que ele acabar. (Só falatava essa, Meu Deus do céu!)
Não importa se o vizinho fez barulho a noite toda e você não conseguiu dormir. (Só pode Deus mesmo!)
Tudo isso é bobagem e Deus não vai te ajudar com aquilo que você mesmo pode resolver. E sendo nós, seres humanos, a sua imagem e semelhança podemos resolver a maioria de nossos problemas, que nem são problemas de verdade.
Pare tudo o que estiver fazendo, principalmente se estiver lamentando e agradeça por essas bobagens, pois através delas algo de bom ou pelo menos alguma conclusão você há de tirar. E não pare por aí, faça alguma coisa. Porque é o que Ele espera de nós, que façamos algo. Olhe em volta e veja que Deus está bastante ocupado!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Desabafo


Nesse momento ainda estou em estado de choque! Acabo de testemunhar a fragilidade do ser humano. Nessas horas, vejo como sou egoísta e fútil ao reclamar dos meus problemas que são ínfimos diante da realidade que acabo de ver e de tantas outras que estão espalhadas por aí.
Imagine um parente próximo de apenas 15 anos de quem você gosta muito e reconhece o quão esperto, autonomo, respeitador, enfim alguém que cresceu com você, mudar da água pro vinho. Perder a noção da realidade em que vive, (lê-se distúrbio psicológico) que começou praticamente do nada! Não dorme! Fica agitado, mexe em tudo, agride. Anda nu pela casa. O médico não aceitou internar por ser menor de idade (o que ninguém entendeu, como se fosse o primeiro caso). Imagine a família pelo que está passando. Não vou entrar em detalhes, mas eu precisava desabafar. Essa pessoa acabou de passar pela minha casa e já foi, mas está na minha cabeça. O modo como agiu não dá pra esquecer!

Que fique nas mãos de Deus!

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