sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Relendo o passado


Peguei um caderno 'velho' e comecei a ler as anotações que venho fazendo desde sei lá quando. Sinistro como o passado pode ter vários gostos agora, as palavras por mim mesma assinadas causaram-me surpresa. Sentimentos ruins que eu nem me lembro, histórias inventadas, receitas caseiras que nunca deram certo, contas de dívidas de coisas que eu nem tenho mais, listas de músicas e filmes pra adicionar na minha playlist que perdi quando formataram meu computador, endereços, horários, nomes e telefones, pensamentos soltos, desejos loucos e reflexões filosóficas de tantas coisas, etc.
Cada anotação surtia um efeito único sobre mim, alívio, orgulho, surpresa, nostalgia, contentamento, vergonha, enfim, reconhecimento do passado que ri, chorei e vivi; e a doce contatação de que o agora me faz sentido.
Foi como reler um diário antigo de alguém que eu conheci e me lembro vagamente. Sei o que a afligia, mas não lembro da sua dor. Conheço bem seus caprichos, mas sei que as coisas simples que a conquistam de jeito. Enxergo a linha de pensamento coerente que tem suas idiotices. O tempo passa, sua cara se transforma, seu jeito ganha novos ares, mas a sua essência continua a mesma, sempre ligada à Deus esteja consciente ou não.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Comendo as nuvens


Depois de um dia de trabalho, não tão árduo, mas cansativo, eu precisava tirar aqueles sapatos. Nem bem entrei em casa e minha irmã "o que é isso?". Olhei em mim e vi que não era em mim, mas pra mim. Abri aquela caixona, revirei as espumas coloridas e encontrei um embrulho de presente e um cartão. Fiquei meio desanimada, pois não era o que eu esperava. Examinei novamente as espumas e advinha, eram os algodões-doces com que tanto sonhei. Quase morri de felicidade!
Tudo começou com um post da Rose Nakamura "Criançada vem para o meu cantinho e veja onde vou levar vocês" com a foto do filho dela segurando um algodão-doce enorme, depois foi o post da Maria Marçal "Aceitas um algodão-doce?". É lógico que sim, depois dessa ela já tinha quebrado minhas pernas! Comentei com a Maria o desejo profundo que havia nascido em mim, na mesma hora ela me respondeu sensibilizada. Tudo bem que ela disse que enviaria, mas no ínicio cheguei a duvidar que eu receberia, lá do Rio Grande do Sul? Mas depois de ver tanta veemência nas palavras dela acabei confiando. E agora vou me esbaldar de tanto comer açucar! Sem contar na blusinha super chic que ela mandou pra mim!
Maria, no último parágrafo falo diretamente à você. Suas ações tem um brilho muito especial! Pouco nos relacionamos e antes mesmo dessa sua atitude fofa eu já tinha criado por você uma estima sincera, a partir de coisas que outras pessoas me disseram. Não sou do tipo "maria vai com as outras", por isso mesmo fiquei de longe analisando alguns de seus comentários e posts e percebi sua aura sempre linda, pronta e amiga. Você me conquistou antes que eu a conhecesse. Adorei os mimos com que me presenteaste, pode ter certeza que Deus te recompensará um milhão de vezes mais. Longe mim achar que fizestes isto com esta intenção, tenho certeza de que ficará feliz no mesmo instante em souberes o quanto fiquei contente. Thank you very much e aguarde!

Essa Maria Marçal é mesmo doidinha! Imagine, mandar tudo isto?!


A blusinha, que eu nem esperava, ficou perfeita, tô chic de doer!
Só faltou consertar a cara ahuahauah

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Independente das circunstâncias me mantenho feliz


Fim de semana incrível e como tal também meus sonhos dessa noite foram perfeitos. O toque do celular me arranca à força do soninho gostoso que tatuavam essas boas sensações na lembrança, olho no relógio e são 7:30 da manhã, quem poderia ser? Era do meu trabalho e eu precisava, em cinco minutos, comparecer lá pra assinar o bendito cartão-ponto, entregar planilha e toda essa burocracia que me deixa loooouca!
Vesti o primeiro trapo que eu vi, nem lembro se escovei os dentes (acho que lambuzei um pouco de pasta), peguei um guarda-chuva (além de tudo estava chovendo), minha planilha e subi (meu trabalho fica na esquina de casa). Nem uma sombra de malhumor, só aquela maresia de quem sente a paixão de perto, ou melhor, na vida. De repente passa um carro e eu tomo um banho daqueles, até despertei do meu devaneio com aquela água gelada, mas continuei andando e me dei conta de ainda assim estava tudo bem. O que eu poderia fazer? Nada, afinal de contas o cara foi embora sem nem ao menos pedir desculpas e quem está na chuva é pra se molhar.
À tarde fui pra escola mais lenta que uma lesma, inebriada pelas emoções que dão luz à minha vida, e por causa de um minuto sofri penalidade no cartão-ponto e o salário ó... meus benefícios serão descontados, nada de cartão de alimentação. Mas e daí, estou feliz!
Não deixei que nenhum desses acontecimentos abalassem os bons sentimentos que fluem em mim e sabe de uma coisa passei o dia tão bem. Viver pareceu tão mais fácil, e é. As pequenas coisas que antes poderiam me irritar facilmente foram contornadas com uma simplicidade notável. Não vi problemas, apenas soluções. O tempo que às vezes parece eterno se tornou velozmente findável e agradável. E tudo isso só por estar apaixonada! Pelo meu trabalho, meu namorado, óbvio, enfim pela vida. Apenas uma ação é necessária pra sentir plenamente feliz: não se deter na planície.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Admito, não troco meu asfalto


A natureza é bela, porém se tornou desconhecida. Com o simples objetivo de cortar caminho adentrei o pequeno bosque, que chamarei matagal, conforme avançava ouvia sons desconhecidos de bichos que eu não sabia identificar muito bem. Um pavor foi tomando conta de mim e quando cheguei na pontinha minha acrofobia tomou uma dimensão desproporcional. Tive que escolher o me dava mais medo, era atravessar ou ficar no meio do desconhecido.
Passei a ponte quase correndo, não o bastante, ainda tive tempo de avistar um monstro terrível. Não sei bem o que era, mas parecia um jacaré, ou o montro do lago Ness? Sei lá, só sei que saí em dispara rumo à terra firme, onde o asfalto cheira à pneu queimado.
Adoro a natureza, só detesto a idéia de não saber o que nela habita. Em se tratando de sustentabilidade sou a primeira a levantar bandeira, mas não admito não troco meu asfalto por mato algum.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

E aí quem limpou?


Pelas razões mais óbvias o assunto política me deixou revoltada com nossa população. Ficou muito claro que o próprio povo não se ajuda! Tive muitos sentimentos diferentes em relação aos resultados da grande festa democrática, a eleição, porém não fui capaz de expor nenhumas das opiniões que perambulavam furiosas na minha cabeça.
Hoje, quando saí vi um dos motivos da minha indignação pelas ruas do bairro. Os santinhos dos candidatos (super santos ahauhauah) ainda estavam no chão, não formavam o tapete acolchoado que me recepcionou na madrugada que antecedia a eleição, pior estavam estavam espalhados por todo bairro, ligando todos os quarteirões de uma escola à outra.
Lembro que nos dias posteriores à eleição super chateada com a derrota da minha candidata à presidência, com o governador eleito e a vitória inaceitável do Tiririca, fora outros aburdos, eu lia os jornais da região e em todos eles haviam matérias à respeito do lixo eleitoral, uns diziam que a limpeza era dever do município, outras já atestavam que a prefeitura já havia feito a limpeza. Mas não foi nada disso que ocorreu, pelo menos aqui na minha rua. Moro bem em frente de uma escola usada como local de votação e os únicos a limparem a rua foram o vento, a chuva e a própria vizinhança ao ver os papéis invadindo seus quintais.
Será que ninguém vê as pessoas que jogam esse papéizinhos? Eu fico sempre supresa porque quando saio de casa no dia anterior está tudo em ordem, limpinho. Dessa última vez quando chegava em casa às 5 da manhã quase bati no moço que entrega jornal, porque achei que ele estivesse fazendo boca de urna. Esse pessoal parece invísivel, mas na hora que eu pegar faço limpar com a boca!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Sem tempo pra ser egoísta


Depois de dias sem aquela caminhadinha habitual corri atrás do tempo perdido, andei como uma louca pelas ruas, suei como nunca e cheguei em casa louca de fome! Que tal uma refeição super calórica com direito a queijo e gordura só pra mim? Perfeito! Mal preparei meus pastéis de queijo, frango e requeijão e meu pai chegou urubuzando meu prato. Desisti da refeição, guardei os pastéis crus na geladeira e adiei a injeção de calorias pra amanhã assim que eu tiver um tempo pra ser um pouquinho egoísta. E gulosa! ahauahauh

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