sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Relendo o passado


Peguei um caderno 'velho' e comecei a ler as anotações que venho fazendo desde sei lá quando. Sinistro como o passado pode ter vários gostos agora, as palavras por mim mesma assinadas causaram-me surpresa. Sentimentos ruins que eu nem me lembro, histórias inventadas, receitas caseiras que nunca deram certo, contas de dívidas de coisas que eu nem tenho mais, listas de músicas e filmes pra adicionar na minha playlist que perdi quando formataram meu computador, endereços, horários, nomes e telefones, pensamentos soltos, desejos loucos e reflexões filosóficas de tantas coisas, etc.
Cada anotação surtia um efeito único sobre mim, alívio, orgulho, surpresa, nostalgia, contentamento, vergonha, enfim, reconhecimento do passado que ri, chorei e vivi; e a doce contatação de que o agora me faz sentido.
Foi como reler um diário antigo de alguém que eu conheci e me lembro vagamente. Sei o que a afligia, mas não lembro da sua dor. Conheço bem seus caprichos, mas sei que as coisas simples que a conquistam de jeito. Enxergo a linha de pensamento coerente que tem suas idiotices. O tempo passa, sua cara se transforma, seu jeito ganha novos ares, mas a sua essência continua a mesma, sempre ligada à Deus esteja consciente ou não.

Um comentário:

  1. olá grande
    michele
    bem se tem algo q o tempo naum apaga
    é nossa humilde essencia
    bjo grande

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