quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

É melhor não meter a colher

Nas minhas caminhadas só me deparo com situações surreais, uma briga de casal, dessa vez foi sério, ao berros e de baixo nível:
-Sai pra lá, Seu Cachorro!
-Não banque a Cadela díficil comigo, boneca!
-Acha que me envolvo com qualquer um?
-Vire esse traseiro magrelo aqui pra mim, Cachorrona! Levanta esse rabo.
-Sai fora ou eu...
-Vai fazer o que? Me morder? Vai com tudo que eu adoro um hardcore!
-Socorro! Tire essas patas imundas de cima de mim!
-Sua **** , deu pra todo mundo e vai regular comigo?
-Todo mundo quem?
-Não avança em cima de mim não. Ainda pouquinho você estava lá no terreno baldio com o Tó, sem contar o Abul, hoje de manhã. Ontem foi o Bastião, o Badoo, o Gaspar e o Dino.
-Você anda me seguindo? Então deveria saber que só fico com o alto escalão.
-A Cadela de rua acha que tem nível? Se enxerga!
-Se enxerga você!
-Tudo bem, não vai dar? Beleza! Você está acabada. Está queimada nessa cidade! Todo mundo vai saber o quão sarnenta você é!
-Bem que você quis a sarnenta aqui. Sai fora vira-lata! Vai!



O cãozinho vira-lata saiu andando, ainda rosnando, e a cadela sarnenta deu no pé se achando a Princesa Canina das ruas.

*O que estou lendo: REICH, Wilhelm. A Revolução Sexual. 8ª Edição. Rio De Janeiro: Zahar Editores, 1982.

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