quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Idéia certa na hora errada!


Sai do trabalho apressada desistindo de carona e de bus pra voltar pra casa. Na esquina lembrei da minha blusa, fui descendo de volta olhando dentro da bolsa, dei meia volta pro rumo de casa porque eu não a tinha esquecido como pensei. Depois de uns quinze talvez vinte minutos lembrei o que realmente eu tinha esquecido, minha mala de "marmita" dentro da geladeira. Meu suquinho, minha maçã, meus talheres e um limão. Olhei a hora e muito provavelmente não havia mais ninguém lá, liguei, o telefone tocou até cair a linha, confirmando minha suposição. Pra minha sorte o fato de não ter local fixo de trabalho não estava programado que eu voltasse lá amanhã, vou ser obrigada a levantar mais só pra buscar meus pertences.

Continuei andando num impulso genial de substituir a caminhada. Resolvi cortar caminho por um gramado com a extensão de um quarteirão bem grande. A grama era fofa e não rasteira como parecia, alguns lugares pareciam ser buracos e na mesma hora eu pensei "vai aparecer uma cobra daqui a pouco". Saí andando quase correndo e o outro lado do quarteirão parecia não chegar nunca, a essa altura eu não pensava só nas cobras, mas também em escorpiões, aranhas e afins. Cheguei ao asfalto soltando os bofes pra fora!

Em vez de continuar o roteiro inicial, optei por descer pra rua debaixo. As casas foram desaparecendo e eu só via mato. Estupradores. Chupa-Cabras. Cobras. Eu corria das bicicletas e fugia dos carros. Pedestres? Só a louca aqui. O céu foi ficando escuro e meu medo foi aumentando, graças a Deus que a civilização estava, enfim, à vista!

Hoje foi um daqueles dias em que se tem a idéia certa na hora errada. Eu deveria ter voltado, não deveria ter encurtado o caminho e não deveria ter escolhido um caminho desconhecido! Mas no fim ficou tudo bem, cheguei inteira. O jeito é tomar um coquetel de sensatez três vezes ao dia!

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