quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Fone de ouvido, lógica ou opção?


Não é de hoje que ouvir música no celular fora do modo auricular virou mania entre o povão. Essa é uma coisa que sempre me intrigou, porque se a porcaria vem com o fone a lógica é que se ouça nele e não acionar o auto-falante obrigando todos a sua volta a escutar o que você quer. Não é só por uma questão de gosto de pessoal, mas desde quando o ambiente é público a individualidade de cada um deve ser respeitada dentro desse espaço.
Nessas minhas aventuras no bus da cidade no trajeto casa-trabalho e vice-versa, já me foram impostas várias situações desagradáveis sobretudo aquelas que sobrecarregam ainda mais meu psicológico. Estou eu ali tentanto relaxar depois de uma tarde tentando dar aula (porque sempre eu consigo rsrs) e chega uma fulana gritando aos quatro ventos o quanto sua sogra é chata ou então um bando de adolescentes falando e rindo dos garotos que esnobam. Mas a pior de todas é quando chegam os estudantes com a caixa de som de seus celulares tocando música eletrônica, e todo dia é a mesma música! Hoje fui obrigada a ouvir um funk que ordenava as novinhas a erguerem os braços e sentar não sei onde, e como se não bastasse eram três meninas cada uma com seu celular, enquanto um incomodava, as outras cantavam em voz alta o repertório que rolava em seus celulares. Eu quis muito jogá-las fora do bus, elas e seus celulares, mas pra não ser taxada de chata e ignorante injustamente, suportei. Só me aliviei quando elas desceram.
A conclusão é : não é que falte respeito, mas a maioria não sabe o que é isso, muito menos como fazer. Mas é claro que todo mundo quer, um bom exemplo foi de uma idosa que entrou no onibus lotado essa semana e ao questionar pra um garotinho e sua mãe se ele cederia o lugar, que por sinal era o resevado aos idosos, deficiente e gestantes, ambos disseram que não. A velhinha abriu mão do direito ao transporte gratuito, passou a roleta e se acomodou num dos bancos que uma passageira lhe cedeu. O meu começa onde termina o seu, ou o contrário? Tanto faz, pra algumas pessoas cuidar do próprio umbigo está longe de ser algo que fira a integridade do outro e nem sempre é assim que acontece.

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