domingo, 31 de janeiro de 2010

Passando o domingo atrás das grades


Domingo, dia 31 de janeiro de 2010, acordei e vi o sol nascer quadrado.
Depois de um rango preparado pelos encarcerados, a macarronada poderia estar um pouco mais al dente, o pátio escureceu. O céu estava carregado de nuvens negras, ventava muito, ia cair o maior toró. Cada um retornou para sua cela o mais rápido que pôde, nem deu tempo pra alguns, a chuva desabou.
Trovões, Relâmpagos! Eu sem saber porque estava ali. Trovões! Clarão... mais um relâmpago! A cela foi diminuindo. Trovão! Muita chuva! Eu não encontrava posição, ora deitada, ora sentada, levantava, sentava de novo. Eu queria sair.
-Alguém me tira daqui.- eu gritei sem gritar.
Um trovão estrondoso e a energia caiu, parecia um sinal. E era, ia chover ainda mais. Eu não ia sair.


E não sai, fiquei atrás das grades do portão (dentro) de casa. E ainda está chovendo!

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