Fugindo dos assaltantes

Sozinhas em casa, minha irmã e eu. Quando penso que não uma quadrilha invade a minha casa. Ao que parece os ladrões não esperavam que nós estivessemos em casa, mas pro azar deles ou nosso estávamos. A quadrilha era composta por três integrantes, duas gordas velhas carcomidas com jeito de pirigueti e um velho barrigudo com cara de safado, todos aparentavam ter cerca de 45 anos.
Enquanto o velho se encarregava de averiguar os objetos que seriam roubados, as velhas ficavam peitando minha irmã e eu no corredor do quintal. Percebi que daria conta das duas ao comparar meu porte físico com o delas, isso se elas não resolvessem sentar em cima de mim, então as distraí e minha irmã saiu correndo portão afora, pra casa da vizinha da frente que sempre deixava o cadeado do portão da casa dela aberto. Num joguete de bobinho, consegui me desvencilhar das duas e também corri pra vizinha, consegui trancar o portão antes que a velha mais ridícula de batom vermelho todo borrado me alcançasse com aquelas mãos que sabe se lá onde estiveram. Ela voltou pra minha casa gritando coisas inintelígiveis, a adrenalina que ainda fluía em mim não me deixava compreender.
A vizinha não entendeu o que estava acontecendo, eu mal falava bom dia pra ela e de repente entro assim na casa dela. Após explicar, enquanto ela ligava pra polícia, fui até a janela ver se haviam ido embora. Nem sinal dos meliantes, voltei à minha casa cautelosamente e minha prima estava lá desesperada desmontada meu computador, disse que chegou lá e os banadidos já foram ameaçando-a e mandando-a cooperar. Perguntei onde eles estavam e ela disse que haviam ido buscar o carro pra transportar as coisas grandes. Fiquei brava com ela e disse que ela deveria aproveitar o momento para fugir, ela estava tão atordoada e com tanto medo de morrer que nem raciocinou!
Já que o computador estava quase desmontado resolvi salvá-lo, atravessava a rua correndo com as peças na mão, minha prima vinha atrás. Voltei pra pegar a CPU e quando estava no quintal o carro da quadrilha estacionou na garagem. O medo me pegou, só nesse momento pensei que poderiam estar armados e que eu poderia morrer. Não tinha a menor idéia de como iria escapar, se fosse ia dar de cara com eles, se ficasse cedo ou tarde me encontrariam. Me espremi na porta da cozinha e fiquei esperando meu momento. A polícia chegaria a qualquer momento, mas não chegou. Eu acordei sem saber se escapei ou não! Odeio quando acordo antes do desfecho do sonho, principalmente se aspira adrenalina pura!