Guarda-roupa mesmo

Continua a saga. Pleno domingão (meus domingos são sempre de arrasar, no pior dos sentidos) enquanto a família está na chácara curtindo uma piscina, eu encerrei a segunda parte da faxina no meu guarda-roupas. Guarda-roupa é pra guardar roupa mesmo, a maioria nem usamos mais. Foi a vez das calças jeans. Foi também a parte mais díficil, amo calças jeans.

Regra é regra, se não uso a mais de 6 meses está na hora de se livrar. Algumas foram fáceis, as que estavam totalmente fora de moda e aquelas que não passavam coxa acima. Tá, meu jeans rasgado, novinho, que não sobe coxa acima eu não tive coragem, por conta do valor sentimental.

Contudo estou reconsiderando. Melhor não não se deter na planície, não é! Por isso mesmo o primeiro jeans a abandonar o guarda-roupas foi um que da última vez que usei me colocou numa situção muito constragedora e eu nunca mais quis usar. Eu estava numa feira popular de artigos e artesanato numa cidadezinha aí, e um cara fez o maior escandâlo por conta do tamanho da minha bunda que dentro daquela calça ficava muito maior do que é. Sabe aquelas calças que dão aquela empinada e turbinada no popozão? E toda vez que compro calça jeans olho muito bem se não vou me tornar uma tanajura!

E de novo fiz um amontoado de roupas sem serventia, ao menos pra mim. Aquelas que eu separei da outra vez, no fim de semana seguinte estavam sendo vendidos no bazar baneficiente da igreja. Minha mãe passou por lá e viu uma mulher comprando várias das peças que eram minhas, chegou em casa toda contente contando a novidade.
Acabo de invalidar meu ato de doação, já que o que a mão direita faz a esquerda não precisa saber. É que fiquei chocada com a quantidade de coisas que não uso mais, que não gosto mais e principalmente que não servem mais. Mas sabe antes um jeans 44 do que um 40 que não te deixa respirar.