quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Muita areia


Meu relato de ontem pode ter parecido propagandista (não foi) aos olhos de alguns, contudo revela apenas uma face (não muito original) das vantagens de crescer, amadurecer e se tornar a gostosa do bairro. Se fosse só bonita tudo bem, mas não, tinha que ser gostosa. Pois sim, existe uma enorme diferença entre uma coisa e outra. Pra começar quando você é bonita olham pro seu rosto e pensam "que linda, parece uma fada", por outro lado quando se é gostosa olham pra sua bunda e só pensam em te foder (literalmente), nem que seja só na imaginação como é o caso da maioria.
Eu costumo pensar que tenho um pouco de sorte, meu intelectual começou a se desenvolver antes do físico me dando tempo pra aprender a discernir com sabedoria. O grande problema da minha "sorte" é que é díficil se livrar do patinho feio. Pois bem, todos vivem me dizendo que eu posso ter o cara que eu quiser. Verdade ou mentira? Em partes, eu raramente me interesso por caras bonitos e populares (resquício do passado? Talvez!), se houver concorrência eu pulo fora (sempre acho que não tenho chance, além do que o cara precisa se decidir), em contrapartida eu adoro seduzir mesmo quando não me interessa (ah, qual é? Todo mundo adora ser amado, adorado, idolatrado. Salve! Salve!), porém minha prática de sedução em muito pouco tem haver com o meu corpo.
À primeira vista, é claro, estão olhando pra minha bunda, mas depois de alguns minutos descobrem mais: Um cérebro, uma comediante, uma sem-vergonha muito da ajuizada, uma religiosa, uma amiga, uma crítica muito mais que sincera, etc. Se apaixonam, se forem safados (do tipo que se acham o fodão) não tem chance porque esses não estão acostumados com este tipo de olhar (muito menos com uma mulher como eu), se forem tímidos do jeito que eu gosto olham pra minha bunda e minha "fama" e saem correndo. Ou seja, eu raramente tenho o que quero. Ou sou muito cética pra achar que posso ter ou quero tão intensamente ao ponto de assustar qualquer pretendente com algum potencial.
Sei lá, também, porque estou me revelando dessa maneira. Acho que é frustração de um caso recente que se soma às pessoas e coisas que tenho revisto. Eu sempre gostei de escrever, mas me era extremamente difícil quando precisava descrever a respeito de mim, das minhas neuras e mesmo das alegrias. Tenho me surpreendido com o que tenho escrito, com o que penso. Quase acredito que sou gostosa! Aahuahauhuh. Pelo menos é o que dizem, e hora ou outra, acabo acreditando. Em suma, não sei se tudo isso é tão legal! Você ganha prestígio, mas ninguém é capaz de dar conta! Salvo aqueles que acham que podem! Coitados, não podem.

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